Logo UFPR

UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

UFPR garante suporte institucional a pesquisadores na busca por recursos para internacionalização

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) está trabalhando para qualificar ainda mais os programas de pós-graduação da UFPR e ampliar o conceito positivo da universidade na comunidade acadêmica internacional. Um passo importante nessa direção foi o modelo adotado este ano na fase de elaboração de projetos para o CAPES-PRINT – Programa Institucional de Internacionalização de Instituições de Ensino Superior e de Institutos de Pesquisa do Brasil. Pela primeira vez, o processo de busca de recursos deixou de ser um esforço isolado de pesquisadores ou grupos de pesquisa e foi conduzido de forma institucionalizada e conjunta, sob a coordenação da pró-reitoria.

A mudança faz parte de uma mobilização em prol da internacionalização da universidade, que já inclui iniciativas como a criação da Agência UFPR Internacional (em 2016) e do Centro de Assessoria de Produção Acadêmica – CAPA (em 2017).

O processo de elaboração de propostas para o CAPES-PRINT envolveu professores e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento em torno da elaboração de 16 projetos. Anunciado oficialmente em novembro de 2017, o Capes/PRINT objetiva aplicar recursos de aproximadamente R$ 300 milhões/ano na internacionalização das universidades, pelos próximos quatro anos. Até 40 instituições brasileiras que têm cursos de mestrado e doutorado de alto nível poderão receber estes recursos, de acordo com o Edital 41 da Capes. Para isso, as instituições tiveram que apresentar projetos detalhados de internacionalização.

A UFPR se credenciou para o Capes/Print porque, com 87 programas de pós-graduação stricto sensu, possui sólidas e amplas ações de internacionalização. Possui, além disso, três cursos com nota 7, oito cursos com nota 6, vinte e sete com nota 5 e 31 com nota 4 da Capes – totalizando 69 programas de pós-graduação; o Edital CAPES-PRINT não contempla programas de pós-graduação com conceito 3. Estes números situam a UFPR como uma das mais importantes instituições de ensino do Brasil no campo da pesquisa e da pós-graduação.

Francisco Mendonça: “A Universidade começou a se olhar de maneira mais detalhada, a intensificar a troca de informações e a construir o conhecimento de forma conjunta, o que não era comum antes porque nunca havia acontecido de forma institucional”. Foto: Samira Chami Neves – Sucom/UFPR

Inédita ação coordenada

Resultado de um trabalho que durou meio ano e envolveu professores e pesquisadores dos 69 cursos de pós-graduação habilitados a participar do CAPES-PRINT, os projetos apresentados pela UFPR – em 10 de maio – totalizam uma demanda de R$ 61 milhões. A previsão é de que a CAPES apresente uma resposta aos projetos inscritos e aprovados em outubro, o que significa que os projetos poderão começar a ser implantados já a partir de novembro deste ano.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Francisco de Assis Mendonça, destaca o protagonismo do trabalho institucionalizado e democrático conduzido pela PRPPG. “A elaboração dos projetos aglutinou a UFPR em temáticas transversais, em um processo muito interessante. A Universidade começou a se olhar de maneira mais detalhada, a intensificar a troca de informações e a construir o conhecimento de forma conjunta, o que não era comum antes porque nunca havia acontecido de forma institucional, como fizemos agora. Antes, a atuação se dava de forma principalmente isolada em pesquisadores ou grupos de pesquisa; agora, estamos privilegiando a ação coordenada e articulada em torno de um projeto maior, que aglutinou muita gente”, enfatiza.

Mendonça esclarece que a metodologia adotada na UFPR foi diferente das adotadas por outras Universidades que, em vez de garantir a participação da comunidade acadêmica, elaboraram os projetos a partir das suas PRPPGs. “Fizemos algo diferente. Em outras universidades brasileiras não houve este processo democrático. Nós fizemos o contrário: lançamos um edital, apostamos nas competências dos nossos professores e pesquisadores e demos a eles os instrumentos para realizar o trabalho”, comenta o pró-reitor.

Mendonça explica que o ponto mais positivo do processo foi que a comunidade universitária entendeu e atuou de maneira muito séria no projeto. “O mais importante de tudo foi termos inaugurado uma cultura de internacionalização, que juntou a PRPPG e a Agência Internacional, de forma organizada e planejada”, disse. “Fico muito feliz de ver como a comunidade acadêmica reagiu a este projeto, como se uniu em torno de um objetivo comum e em torno dos grupos”.

Plano de internacionalização

Paralelamente à elaboração destes projetos, a UFPR deu outros grandes passos em direção à sua internacionalização, com a aprovação do Plano de Desenvolvimento Institucional, aprovado em outubro do ano passado pelo Conselho Universitário e, em abril de 2018, do seu Plano Institucional de Internacionalização. No PDI, estão elencados dez eixos temáticos de interesse da instituição que, no PRINT-UFPR, foram convertidos em cinco grandes áreas temáticas nas quais a UFPR tem excelência acadêmica: Biodiversidade e Meio Ambiente; Materiais Avançados; Biodiversidade e Saúde Humana; Energias Renováveis; e Democracia, Direito e Inclusão Social.

Com relação ao PII – Plano Internacional de Internacionalização, o pró-reitor da PRPPG afirma que “Este plano, que é diferente do projeto que construímos, é um conjunto de metas a partir das quais a instituição quer olhar para seu futuro, incluindo os cursos de graduação. Agora, oficialmente, a UFPR conta com um instrumento formal para sua internacionalização, que vai orientar suas ações neste campo”.

Comitê Gestor

Francisco Mendonça destaca ainda a qualidade do Comitê Gestor, estabelece em atenção ao Edital CAPES-PRINT, que aprovou os 16 projetos componentes do PRINT-UFPR. Com 17 integrantes, o Comitê representa as áreas do conhecimento nas quais a UFPR têm excelência no campo da internacionalização. São professores-pesquisadores que possuem, em seus currículos, excelência nas suas respectivas áreas do conhecimento: quatro da Pró-Reitoria/Agência UFPR Internacional, oito da própria UFPR e outros cinco externos à Universidade – Pietro Ceccato (Universidade de Colúmbia – EUA, de Geociências), Antonio Hespanha (Universidade de Lisboa – Portugal, de Direito), Arthur Carty (Universidade de Waterloo de Nanotecnologia – Canadá), Carlos Levi (Universidade da Califórnia – EUA, Materiais) e Raymond Dixon (John Innes Centre – Reino Unido – Microbiologia).

Para o pró-reitor, a possível aprovação dos 16 projetos abre uma série de perspectivas positivas para a UFPR. “O montante a ser aprovado será investido na Universidade para aprofundar a internacionalização que já está em curso, o que dará resultados muito bons para a instituição. Nós estamos apostando no desenvolvimento da UFPR em diálogo e sintonia com as grandes universidades do Ocidente, a longo prazo, o que vai garantir que possamos produzir ciência com mais qualidade”, finalizou.

Aurélio Munhoz

 

Integrante do comitê visita Universidade

A Universidade Federal do Paraná tem realizado diversas ações para expandir a internacionalização, a cooperação internacional e a mobilidade acadêmica visando manter e realçar sua posição dentre as principais instituições de ensino superior do Brasil. Neste sentido, uma importante conduta é a maior inserção no Programa Institucional de Internacionalização de Instituições de Ensino Superior (IES) e de Institutos de Pesquisa do Brasil (CAPES/Print), que tem como objetivo incentivar a internacionalização para ampliar o impacto da produção acadêmica e científica realizada no âmbito dos programas de pós-graduação com, pelo menos, nota 4 na última Avaliação Quadrienal de 2017.

No mês passado, e dando sequencia às reuniões com membros internacionais do Comitê Gestor PRINT-UFPR, recebemos a visita de um colega do Reino Unido para tratar de estratégias para os projetos desenvolvidos em conjunto. Raymond Alan Dixon, do John Innes Centre (Reino Unido), é microbiologista e colabora com a universidade desde 1979, quando começou a receber pesquisadores daqui nos laboratórios por ele dirigidos. A partir de 1999, Dixon passou a vir ao Brasil e fez parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Fixação Biológica de Nitrogênio (INCT-IFBN) junto com o professor Fábio de Oliveira Pedrosa, líder do Núcleo de Fixação Biológica de Nitrogênio da UFPR.

Raymond Alan Dixon, do John Innes Centre (Reino Unido), é microbiologista e colabora com a universidade desde 1979. Foto: Marcos Solivan

“Espero que minha experiência internacional seja muito útil no CAPES/Print, pois eu sou diretor de um centro na China que possui os principais pesquisadores do Reino Unido, além da academia chinesa de ciência. É uma colaboração muito benéfica, pois configuramos dois novos laboratórios que estão sendo assessorados por pessoas de todo o mundo. Essa é uma colaboração efetiva e será muito bom se pudermos fazer algo similar aqui no Brasil”, comenta Dixon.

O pesquisador acredita que o principal a se fazer é reconhecer centros de excelência no Brasil. “Na atual conjuntura, eu observo que tem havido grandes desenvolvimentos na UFPR. Com o reconhecimento de centros de excelência, nós podemos trocar pesquisadores da instituição com outros países do mundo. Assim, acho fundamental para estimular interações internacionais que são importantes para aprimorar as atividades da universidade”.

Dixon e Pedrosa atuam na área de fixação biológica de nitrogênio, processo extremamente importante para a agricultura brasileira. “Esse assunto é importante pois aqui na universidade desenvolvemos uma coleção de bactérias que se associa a gramíneas – família de plantas das angiospermas – sendo promotoras de crescimento vegetal. Elas estão sendo utilizadas em mais de quatro milhões de hectares de milho e trigo inoculados, aumentando a produtividade”, avalia o brasileiro.

Para o professor titular sênior do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fabio Pedrosa, ampliar a colaboração com o exterior é extremamente importante. “Enviar pesquisadores e estudantes para o exterior permite que eles observem como é a atual pesquisa mundial e que estabeleçam intercâmbios que possam beneficiar a universidade. Queremos dar todo o apoio possível para que a universidade expanda essa internacionalização”.

 Jessica Tokarski

Sugestões

A revista AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento passa a integrar o Scimago Journal Rank
A revista AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento é o periódico científico interdisciplinar...
Ações de divulgação científica da UFPR são apresentadas em encontro internacional na Espanha
As atividades de divulgação científica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foram apresentadas, esta...
Programa Startup Garage UFPR está com inscrições abertas
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) por meio da Superintendência de Parcerias e Inovação (SPIn) em...
Na linha de frente da ação climática, comunidade global prioriza os alertas precoces para todos
Comemorado em 23 de março, o Dia Meteorológico Mundial foi instituído pela Organização das Nações Unidas...