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UFPR e parceiras lançam plataforma de monitoramento oceânico baseada no movimento das águas

Nesta terça-feira (5), durante o Workshop Observatórios Costeiros no Brasil e no Mundo, foi lançado o Portal Brazilian Sea Observatory (BSO) – Observatório do Mar –, plataforma de visualização de dados in-situ (no local) e de sensoriamento remoto, de posições de navios em tempo real, e de resultados de previsão de modelos numéricos.

A plataforma está sendo desenvolvida pelo Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em parceria com a Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), o Centro de Ciência e Tecnologia do Ambiente e do Mar (MARETEC) da Universidade de Lisboa (IST) e a EnvEx Engenharia e Consultoria, com recursos do Copernicus Marine Environment Monitoring Service (CMEMS).

Trata-se de um sistema operacional de modelagem hidrodinâmica para a plataforma sudeste brasileira, focado inicialmente nas costas dos estados do Paraná e de Santa Catarina, que foi implementado para fornecer resultados de previsão com alta resolução espacial.

Abertura do Workshop. Foto: Marcos Solivan

Os resultados dos modelos hidrodinâmicos poderão ser utilizados para a simulação sob demanda da trajetória de partículas lagrangeanas através de uma ferramenta que estará disponível no Observatório do Mar, permitindo, por exemplo, prever a dispersão de óleo em casos de derrame e auxiliar em ações emergenciais. A intenção é que, no futuro, o conjunto de modelos operacionais de alta resolução disponíveis no Observatório do Mar cubra toda a costa brasileira.

De acordo com o coordenador-geral do projeto e professor de Oceanografia da UFPR, Maurício Almeida Noernberg, os modelos matemáticos preveem a circulação da água do mar, ou seja, como ela se movimenta. “A partir daí, qualquer propriedade, seja o sal presente na água, organismos ou poluentes, podem ser monitorados e terem o trajeto conhecido em função deste movimento”.

O papel da UFPR na plataforma é justamente o desenvolvimento dos modelos matemáticos que fazem essa previsão da circulação oceânica e da distribuição de propriedades do oceano na região do litoral do Paraná e de Santa Catarina, inicialmente. O modelo hidrodinâmico usado pela instituição foi desenvolvido pela Universidade de Lisboa e aprimorado para aplicar as condições locais da região.

O serviço oferecido pelo Observatório do Mar é fundamental, pois todo o sistema oceânico costeiro pode ser estudado a partir de seu movimento e vários aspectos científicos e práticos podem surgir a partir dessas informações. “Tudo que está na água será transportado por ela. Sabendo como a água se movimenta, é possível saber a trajetória de ovos, larvas, poluentes, entre outros”, explica Noernbeg.

Simulação de vazamento de óleo na costa do litoral próximo ao Paraná.

Pegando uma situação real como exemplo prático, até mesmo um eventual derramamento de óleo no oceano poderá ser monitorado desde que se saiba a fonte, posição e o volume do vazamento. Dessa forma, é possível prever para onde a macha está se deslocando e tomar as ações necessárias para conter e diminuir eventuais impactos causados pela substância. O portal é aberto ao público em geral e gratuito. Nele, é possível simular sete dias antes e sete dias depois de um determinado evento.

Além de apresentar o Portal Brazilian Sea Observatory (BSO) – Observatório do Mar, o workshop divulgou os dados e produtos disponibilizados pela Copernicus Marine Service (CMENS) e os dados gerados regionalmente por meio de modelos matemáticos para a costa Sul-Sudeste do Brasil, assim como apresentou iniciativas semelhantes desenvolvidas no Brasil, na América Latina e na Europa, buscando potenciais colaborações e parcerias com instituições interessadas.

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