Temos que trabalhar com o atleta, mas não podemos esquecer o ser humano”. A reflexão é do psicólogo do Esporte Willian Corrêa, voluntário no projeto “Atividade Motora para Pessoas com Deficiência”, desenvolvido pelo Departamento de Educação Física da UFPR ( DEF), na modalidade Basquete Sobre Rodas . “Como membro da comissão técnica, acompanho a equipe nos treinos, amistosos, jogos e viagens”, lembrou Willian, que além de psicólogo é aluno do curso de Educação Física da UFPR. Com ele, atuam no projeto coordenado pela professora Ruth Eugenia Amarante Cidade e Souza mais cinco profissionais.
Implantado na universidade desde 1994, o projeto conta com a parceria da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP), e com o apoio de uma entidade privada. Proporcionar a prática esportiva para pessoas com deficiência é o principal objetivo do projeto, segundo a professora Ruth Eugenia. “Atualmente, participam da iniciativa 13 atletas, mas este ano a previsão é que mais de 15 desportistas sejam integrantes da equipe”, ressaltou o técnico Adair Rocha, líder da equipe. Como suporte para o desenvolvimento das atividades, a UFPR disponibiliza alunos voluntários ligados a disciplina de “Introdução a Educação Física Adaptada”.
Rotina – Os treinos são realizados três vezes por semana (segundas-quartas e sextas), à noite, na quadra de Basquete do Departamento de Educação Física. Os atletas ainda não são profissionais, mas “a princípio estamos a procura de parcerias que viabilizem o incentivo desta modalidade esportiva, que tanto tem se desenvolvido no Estado do Paraná, através de ajuda financeira, explicou Willian.
Trabalho – Contando sua experiência como membro da comissão técnica, o psicólogo destacou que ao longo do ano as práticas são programadas visando o rendimento e o bem-estar dos atletas. As atividades priorizam as habilidades psicológicas e a coesão da equipe. As avaliações são feitas através de anamneses; testes individualizados; dinâmicas de grupo, observações de treinos e jogos.
Inclusão – Nesse contexto, a integração com as famílias nas competições é de grande valia para o estímulo dos esportistas, com vistas também à inclusão social. Willian reforçou também a importância do desempenho dos profissionais ligados ao projeto: “especificamente, a Psicologia pode oferecer um amparo para a interferência de eventuais problemas pessoais que desviem o foco dos atletas em relação aos treinamentos e competições”.
Conquistas –Em 2015, os integrantes do projeto Atividade Motora para Pessoas com Deficiência se destacaram nos “Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná” (Parajaps), conquistando o terceiro lugar; vice-campeão paranaense e também vice-campeão da “Copa Centro/ Sul/ Sudeste”, que garantiu a vaga para participação na terceira divisão do Campeonato Brasileiro, em 2016. Há um cronograma para todo o ano, os membros da comissão técnica atuam de forma responsável tendo como meta a qualidade necessária para que os resultados dentro e fora da quadra apareçam naturalmente.
Texto: Sonia Loyola