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UFPR, Copel, Lactec e UTFPR apresentam resultados de projeto pioneiro que utiliza realidade virtual para treinamento em manutenção de redes de transmissão de energia elétrica

A equipe que participa do projeto: pioneirismo e tecnologia de alta qualidade em parceria da UFPR< UTFPR, Copel e Lactec. Imagem: Samira Chami Neves.

A UFPR volta a ser protagonista em um novo projeto – pioneiro no Brasil – que agrega ensino, pesquisa e extensão de alta qualidade. Em parceria com a Copel, Lactec e a Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), a UFPR demonstrou hoje (dia 8) os resultados parciais do projeto “Tecnologia de Realidade Virtual, Interação Tangível, Computação Pervasiva e Modelos de Simulação aplicados ao treinamento de manutenção de Redes de Transmissão em Linha Viva”.

Utilizando equipamentos com tecnologia de ponta em realidade virtual (oculus Rift, HTC Vive) e ambientes modelados em 3D com o software Unreal, o projeto simula o ambiente de subestações de energia elétrica da Copel. Na prática, quando estiver em operação (o que deve acontecer provavelmente no final do ano ou em meados de 2019), esta tecnologia possibilitará que os técnicos da empresa façam a manutenção de redes de transmissão de energia elétrica com muito mais segurança e confiabilidade.

O projeto começou a ser desenvolvido em 2015, ao custo aproximado de R$ 5 milhões (financiado pela Copel), e tem duração prevista até setembro de 2019. Surgiu como parte de uma linha de pesquisa iniciada em 2009, dentro do programa regulado de Pesquisa&Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio de parceria entre a Copel, os Institutos Lactec e a UFPR.

Do total de 35 integrantes que participam dele, 10 são da UFPR, entre alunos e professores da Graduação em Ciência da Computação e em Engenharia Elétrica e Expressão Gráfica, bem como do mestrado e do doutorado em Métodos Numéricos em Engenharia.  Seu coordenador, o professor Paulo Henrique Siqueira, explica que a tecnologia utilizada será importante para capacitar e garantir mais segurança aos trabalhadores. “O projeto vai evitar acidentes e possibilitar que eles façam uso dos materiais corretos na manutenção das linhas vivas”, comentou.

O professor Sérgio Scheer, pesquisador do Centro de Estudos de Engenharia Civil (CESEC) da UFPR, explicou que o projeto envolve a escolha de tecnologias avançadas e um método de instrução, em um ambiente de realidade virtual. “É também um espaço de discussão com o cliente. Para isso, houve visitas de campo às subestações, a descrição dos métodos tradicionais usados pela empresa e depois o trabalho de transformar este ambiente real em um ambiente virtual que pudesse ser útil para quem está sendo capacitado”. Scheer disse ainda que o projeto também é importante para a realização de pesquisas e testes úteis para a formação tanto de alunos e professores da graduação quanto dos cursos de pós-graduação da UFPR.

Projeto inovador

O professor de Engenharia Elétrica Klaus de Geus, da UFPR e da Copel, explica que o projeto tem um diferencial em relação às empresas que já utilizam a realidade virtual: o fato de ser mais completo e eficiente pelo fato de agregar ferramentas tecnológicas à teoria da aprendizagem. “Estamos interessados em estudar como a mente aprende e em criar uma ferramenta complementar ao processo tradicional, que é físico. O sistema que temos pretende trazer ao processo cognitivo da pessoa aquilo que está na sua memória muscular para evitar acidentes”, diz.

O engenheiro de linhas de transmissão da Copel Rafael Terplak Beê explica que a manutenção das redes precisa ser feita com as linhas vivas (energizadas), o que traz um alto risco à segurança dos trabalhadores. A Copel tem, no Paraná, 2,5 mil km de linhas de transmissão. “O projeto propõe um treinamento mais seguro, em um ambiente virtual, em que não se expõe o trabalhador ao risco. E oferece um treinamento contínuo, já que o trabalhador poderá treinar suas habilidades de forma segura ne autônoma”.

O doutorando Ricardo Santos explica que o sistema foi desenvolvido a partir de imagens de satélite e modelagem 3D dos componentes existentes nas subestações de energia elétrica da Copel. Ele utiliza um dispositivo chamado Head Mounted Display – HMD (um tipo de display colocado na cabeça para uso em ambiente de realidade virtual) e um que lhe possibilitar fazer o treinamento e visualizar suas ações em um monitor de TV com alta definição.

O operador pode, ainda, selecionar cenários e simular problemas que lhe possibilitem um treinamento nas mais variadas situações. Na fase atual, a equipe está instalando no sistema as tarefas que serão treinadas pelos trabalhadores e criando protocolos para o uso da ferramenta.

 

 

 

 

 

 

 

 

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