O piloto da iniciativa teve início em 2013 e contou com 500 participantes dedicados ao desenvolvimento de pesquisas em seis áreas do conhecimento. Com a consolidação da proposta, o Edupesquisa abriu o dobro de vagas para uma segunda turma, ampliou para 18 o número de cursos, incluiu professores da educação infantil e, após 178 horas de capacitação presencial e virtual, concluiu, na última sexta-feira (19), a formação de uma nova leva de profissionais, que terão perfil diferenciado dentro das escolas.
Nesta edição, também é maior a quantidade de tutores e especialistas da UFPR envolvidos na orientação e nas pesquisas. “Esta é mais uma das inúmeras parcerias que temos feito com a Prefeitura de Curitiba para colaborarmos com a cidade, e em todas as áreas”, disse o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho.
“Sempre que somos chamados a participar, colocamos nosso exército de professores, de servidores técnicos, estudantes de graduação e pós-graduação para a construção da nossa cidade. Fico muito feliz neste momento de comemoração em que estamos entregando para a rede municipal de ensino de Curitiba mil profissionais pesquisadores, com a sensibilidade para a pesquisa, para olhar problemas, refletir e resolvê-los”, afirmou Zaki Akel.
Durante o projeto, os participantes recebem uma bolsa-auxílio de R$ 2,7 mil paga em parcelas ao longo dos meses. O EduPesquisa, disse a secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo, é um projeto que convida o profissional da rede municipal de ensino a buscar a interação entre prática e teoria. “Instiga o professor e a professora a fazer com que os espaços de aprendizagens — sejam eles salas de aula, de atividades ou pátios – se transformem em laboratórios de conhecimentos e que dessa forma sirvam para a ampliação da visão e das experiências de seus alunos, de suas crianças”, avaliou Roberlayne.
A secretária ressaltou a parceria entre as instituições que tem permitido que professores, mestres e doutores, e que estimula a reflexão e a pesquisa em suas diferentes vertentes e concepções junto aos profissionais da rede. “Esse projeto foi um desafio ousado e idealizado no início da gestão do prefeito Gustavo Fruet por um grupo de pessoas com a convicção de que reflexão e ação conduzem às modificações positivas do desenvolvimento. Um grupo que encontrou na Universidade Federal do Paraná e no Ministério da Educação importantes parceiros que compartilham da ideia de que todo o professor e professora é antes de tudo um pesquisador”. explicou Roberlayne.
Era conectada
Durante o seminário de conclusão do EduPesquisa, os participantes tiveram seus trabalhos apresentados em uma exposição. Entre eles o da professora de Ciências Gisele Pachulski, da Escola Municipal Maria Clara Brandão Tesserolli, que desenvolveu pesquisa no eixo de Mídia e Educação. O material investigado pela professora durante o projeto já começou a ser aplicado com estudantes das turmas de sexto ao nono ano da escola. “São adolescentes da era conectada, pensamento rápido, mas facilmente influenciável, por isso pesquisei formas de trabalhar com eles como cada um deve filtrar e receber a informação e como devem reconhecer a confiabilidade das fontes na internet”, disse a professora.
Para a pedagoga e professora Estela Endlich, que atua no núcleo regional de educação do Boa Vista, o EduPesquisa proporcionou um nível de cientificidade muito bom e capaz de proporcionar experiência científica para contribuir para a progressão acadêmica do profissional da educação. “Essa intenção do projeto em propiciar a reflexão mais depurada sobre a prática pedagógica compartilha o que diversos pesquisadores de referência nacional e internacional têm apontado sobre a necessidade do professor ser um pesquisador da sua ação”, acredita Estela.
Ver o despertar desses professores para a importância da ciência e para as oportunidades que ela abre é uma das grandes conquistas do projeto, segundo a coordenadora de Políticas de Formação de Professores da UFPR, Gláucia da Silva Brito. “É uma emoção ver o resultado dos trabalhos de nossos cursistas e a autoestima desses profissionais, que se viram como pesquisadores e capazes de contribuir cada vez mais para a produção do conhecimento”, afirmou.
Com informações da Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba
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