UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

UFPR comemora aprovação de R$ 48,6 milhões do Capes Print para plano de internacionalização

A Universidade Federal do Paraná vai receber até R$ 48,6 milhões, nos próximos quatro anos, para implementar seu plano institucional de internacionalização. Os recursos foram anunciados na última sexta-feira (24) pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e serão repassados por meio do Programa Institucional de Internacionalização (Print), que teve 108 instituições inscritas e selecionou apenas 25 para receber financiamento – das quais a UFPR é a única do Paraná.

O anúncio foi recebido com entusiasmo na UFPR, não apenas porque o montante de recursos superou as expectativas, mas também pelo teor do parecer do comitê de consultores seniores e internacionais que avaliou as propostas inscritas no Capes Print. “O comunicado de aprovação da proposta reconhece que todos os programas de pós-graduação envolvidos no pedido que fizemos ‘têm qualidade internacional, com alta média na avaliação da Capes, e que a UFPR demonstrou atuação real e inovadora nos processos de internacionalização’, garantindo e afiançando a relevância do nosso projeto”, destaca o reitor Ricardo Marcelo Fonseca, citando um trecho do parecer final do comitê de consultores. ASSISTA AO VÍDEO

O parecer aponta como o ponto mais forte da proposta da UFPR o fato de “já estar engajada ativamente na internacionalização e possuir experiência no assunto”. Um dos aspectos destacados pelos consultores é a existência da Agência UFPR Internacional, além de um grande número de acordos internacionais firmados na última década.

Reitor Ricardo Marcelo: “Esta é uma grande vitória da nossa comunidade acadêmica, que num momento tão difícil para o financiamento da pesquisa no Brasil poderá dispor de recursos fundamentais para a nossa internacionalização”. Foto: Samira Chami Neves – Sucom/UFPR

No campo da inovação – que foi um dos critérios levados em conta na avaliação –, o comitê destacou a iniciativa da UFPR de ofertar disciplinas ministradas em inglês, visando atrair professores convidados e alunos estrangeiros; e o fato de a universidade solicitar patentes internacionais, “mais caras do que as nacionais, mas as únicas que realmente protegem a propriedade intelectual”.

“Praticamente todas as principais universidades do Brasil concorreram neste edital do Capes Print. A aprovação é um reconhecimento do mérito da proposta da UFPR e do nosso processo de internacionalização, já em curso, com projetos como a preparação para aulas em inglês”, afirma o reitor Ricardo Marcelo.

Para o reitor, “esta é uma grande vitória da nossa comunidade acadêmica, que num momento tão difícil para o financiamento da pesquisa no Brasil poderá dispor de recursos fundamentais para a nossa internacionalização nos próximos anos, o que hoje é um requisito fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico”.

A vice-reitora da UFPR, Graciela Bolzón de Muniz, lembrou que a dedicação de um grande número de servidores docentes e técnicos foi fundamental para a aprovação da proposta. “Este também é um momento para agradecer aos pesquisadores da nossa universidade e aos programas de pós-graduação envolvidos, que trabalharam arduamente para que a proposta final tivesse todo esse reconhecimento. Aos servidores técnico-administrativos que foram fundamentais com sua dedicação para que o resultado final fosse atingido. Ao comitê gestor do Print na UFPR, que durante meses trabalhou para que tudo desse certo. Às equipes da PRPPG, da Agência UFPR Internacional, do Capa e da Agência da Inovação, que estiveram à frente do processo em cada etapa”, disse.

Recursos

Embora tenha apresentado projetos que somam R$ 61 milhões, a UFPR imaginava receber bem menos, já que a base de cálculo anunciada pela Capes para repartir os recursos do Print era o valor que cada instituição utilizou do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE) em 2012 e 2016/17. A UFPR recebeu R$ 9 milhões do PDSE nesse período.

“Apresentamos uma proposta ousada, de R$ 61 milhões, mas imaginávamos que o valor aprovado não chegaria a R$ 20 milhões. Levamos em conta que a Capes previa contemplar até 40 propostas, mas ao final apenas 25 foram aprovadas”, afirma o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Francisco de Assis Mendonça.

O valor aprovado pela Capes corresponde a 80% do valor indicado pela UFPR. De acordo com Mendonça, conforme acordado ao longo do processo de elaboração da proposta, a distribuição dos recursos será definida pelo comitê gestor (com 17 integrantes), agregando também os coordenadores dos 16 projetos que fazem parte do plano aprovado pela Capes.

Fazem parte do comitê professores-pesquisadores da própria UFPR, com excelência reconhecida em suas áreas de conhecimento; representantes da PRPPG e da Agência UFPR Internacional; e cinco pesquisadores estrangeiros, das universidades de Colúmbia, de Lisboa, de Waterloo, da Califórnia e John Innes Centre, no Reino Unido.

Os 16 projetos estão distribuídos em cinco grandes temas: Biodiversidade e Meio Ambiente (3 projetos); Materiais Avançados (1 projeto): Energias Renováveis e Novas Fontes de Energia (5 projetos); Biociências e Saúde (3 projetos); e Democracia, Cultura e Desenvolvimento (5 projetos).

Ao todo, estão envolvidos 40 programas de pós-graduação (vários deles em mais de um projeto), todos com notas a partir de 5 na avaliação quadrienal da Capes.