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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

UFPR celebra 110 anos com cerimônia em defesa das universidades como patrimônio brasileiro

 

O adeus a um ano difícil e a esperança pelo futuro promissor marcaram o aniversário de 110 anos da Universidade Federal do Paraná, a mais antiga do Brasil e um dos principais símbolos dos paranaenses . A Sessão Pública e Solene do Conselho Universitário foi realizada nesta quinta-feira (15) no Teatro da Reitoria.

Ao discursar, o reitor Ricardo Marcelo Fonseca lembrou que o ano de 2022 foi repleto de desafios para as instituições federais de ensino superior de todo o País, passando pelo retorno às atividades presenciais em fevereiro, ainda durante a pandemia, chegando até os cortes orçamentários enfrentados e os ataques simbólicos. Fonseca reforçou ainda que há uma grande expectativa de que esse ciclo chegue ao fim.

“Começamos finalmente a ver uma perspectiva de expansão e de funcionamento digno, com bolsas reajustadas e multiplicadas, sobretudo as de assistência estudantil e de permanência. Isso para que possamos reverter o quadro de evasão de todo o Brasil, que sinaliza uma crise no ensino superior”, afirmou. “Será uma virada não apenas orçamentária, mas também simbólica, uma virada que signifique que as universidades deixem de ser detratadas, para que passemos a integrar um projeto de nação, e que esse verdadeiro celeiro da inteligência do Brasil, que são as universidades publicas, se coloquem a serviço com suas pesquisas e talentos”.

 

O gestor salientou também que a atuação das universidades e dos hospitais universitários durante a pandemia é apenas um exemplo do quanto as instituições podem atuar pelo desenvolvimento econômico, soberania, formação da juventude e do futuro do Brasil.

O reitor finalizou o discurso destacando a esperança. “Neste ano, todos nós subsistimos, resistimos e vencemos. Quero desejar um grande ano de 2023, com dignidade orçamentária, com reconhecimento para essa instituição que é um verdadeiro patrimônio do povo brasileiro, a universidade pública brasileira”.

A vice-reitora Graciela Inês Bolzon de Muniz manifestou gratidão a todos os pioneiros da UFPR. ”Idealistas de coração generoso e olhos voltados para o futuro que sonharam na existência dessa universidade, com profunda convicção educativa”, disse. “Este momento é de comemorar os 110 anos, lembrar o passado, comemorar o presente, o futuro da educação e da produção de conhecimento em nosso país”.

O Superintendente Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, afirmou que a Universidade tem uma trajetória de grande contribuição com a formação de cidadãos e com o desenvolvimento do estado. “A UFPR sempre será, no sistema estadual de ciência e tecnologia, a grande referência, a grande mãe, a grande guia. Parabenizo toda a comunidade acadêmica que vêm construindo essa universidade de excelência, pública, gratuita e de qualidade”.

Outro destaque do evento foi o lançamento da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), considerado o maior encontro de cientistas, estudantes e interessados em ciência do Brasil e da América Latina. A SBPC retorna ao Paraná depois de 37 anos; a UFPR foi sede do evento em outras cinco ocasiões, sendo a última vez em 1986.

O presidente da Sociedade e ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, participou da solenidade. “A SBPC tem muita satisfação em voltar ao Paraná e estamos felizes por participarmos dessa comemoração. Parabéns a toda a comunidade da UFPR”, concluiu.

A solenidade, que começou com a entrada solene do Cortejo Universitário no Teatro e o hino nacional com participação do duo de músicos Jay de Oyá e Igor Lazier do grupo de MPB da UFPR , terminou com a última regência do maestro Alvaro Naldony à frente do Coro da instituição e um show de fogos de baixo ruído, no pátio da Reitoria.

Pela primeira vez, o Conselho Universitário da UFPR concede o título de Servidor Emérito. Palmiro Francisco Franco atuou na instituição por 48 anos. Fotos: Marcos Solivan

Uma Universidade formada por pessoas

A solenidade também destacou a participação das pessoas na construção da UFPR, com a homenagem ao primeiro servidor técnico-administrativo a receber o título de Emérito, Palmiro Francisco Franco. O título foi concedido pelo Conselho Universitário da instituição por unanimidade, no dia 13 de outubro, e outorgado pelo reitor durante a cerimônia de aniversário da UFPR.

Além da atuação no Laboratório de Anatomia do Setor de Ciências Biológicas da UFPR, Franco, atualmente servidor aposentado, produziu obras de taxidermia para o Museu de Anatomia.

O Maestro Alvaro Naldony, que se aposenta após 34 anos de UFPR, em boa parte à frente da regência do Coro e do Madrigal da UFPR, também foi homenageado com uma apresentação do grupo Madrigal. Os últimos concertos com regência e direção artística do Maestro foram realizados nos dias 11 e 12 de dezembro, encerrando a temporada 2022.

Além da apresentação especial do grupo artístico Madrigal, Naldony também recebeu uma homenagem das mãos do reitor e da vice-reitora.

A última homenageada da noite, doutora Dalzira Maria Aparecida, além de pesquisadora é considerada uma personalidade importante do movimento negro. A Mãe de Santo Iyagunã Dalzira, Iyalorixá do Candomblé foi aplaudida de pé durante a cerimônia.

Dalzira começou os estudos com 47 anos e, aos 63, ingressou no curso de Relações Internacionais. Conquistou o título de mestre aos 72 anos e, aos 81 anos, conseguiu defender a tese de Doutorado no Setor de Educação da UFPR.

A homenageada dona Dalzira concluiu o doutorado em 2022, aos 81 anos.

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