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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Servidores da UFPR desenvolvem projetos para políticas públicas sustentáveis e qualidade de vida da população

Propostas e ações envolvem coleta seletiva remunerada do lixo, sensibilização do uso da bicicleta e desenvolvimento de comunidades por meio de capacitação

Marinês atua na chefia do gabinete do reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Belotto trabalha como assistente administrativo na Divisão de Gestão Ambiental da Superintendência de Infraestrutura (Suinfra) da UFPR. Sandro coordena a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Universidade. Mas a contribuição dos servidores técnico-administrativos da UFPR, assim como tantos outros, vai além das atividades durante o expediente. Marinês, Belotto e Sandro desenvolvem projetos para implementação de políticas públicas sustentáveis e qualidade de vida da população. Os trabalhos envolvem a gestão e o descarte sustentável do lixo, a sensibilização para o uso da bicicleta e o desenvolvimento de comunidades por meio de capacitação, respectivamente.

Projeto da chefe do gabinete do reitor da UFPR, Marinês de Pauli Thomaz, ganhou repercussão nacional, estadual e municipal. Imagens: Thiago Bezerra Benites/UFPR TV
Projeto da chefe do gabinete do reitor da UFPR, Marinês de Pauli Thomaz, ganhou repercussão nacional, estadual e municipal. Imagens: Thiago Bezerra Benites/UFPR TV

Chefe do gabinete do reitor da UFPR, Marinês de Pauli Thomaz propôs em sua pesquisa de mestrado um modelo de sustentabilidade ambiental e econômica a partir da remuneração da coleta seletiva de resíduos domésticos feita pela população. A ideia é que as pessoas limpem, separem e entreguem o lixo num posto determinado pela prefeitura. Na entrega, o cidadão receberia em um cartão com seus dados pontos que podem ser trocados por serviços oferecidos pela prefeitura, como passagem de ônibus. Quem não quiser levar o lixo para os postos de coleta, pagaria uma taxa para a busca dos resíduos pelos caminhões em suas casas. “A proposta é que o cidadão seja responsável pelo próprio resíduo que gera. O processo precisa ser autossustentável”, explica Marinês.

O projeto ganhou repercussão nacional, estadual e municipal, sendo apresentado no Ministério do Meio Ambiente, na Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (Sema) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, além de ser encaminhado para a Prefeitura de Pinhais. “A única coisa que eu espero se esse projeto for alavancado ou aceito por alguém é contribuir com a sociedade, proporcionar um mundo e um futuro melhor”, diz Marinês.

Sensibilização para
uso da bicicleta

Outra proposta que teve espaço nas agendas governamentais foi a sensibilização para o uso da bicicleta, do programa de extensão Ciclovida da UFPR, que tem 10 anos de atuação. “Durante esse tempo, o Ciclovida participou da construção de várias políticas públicas em âmbito federal, estadual e municipal”, diz o servidor José Carlos Belotto, coordenador do Ciclovida. Ele cita a participação no programa Bicicleta Brasil, do Ministério das Cidades, que foi um dos embriões para a Lei de Mobilidade Urbana, de 2012. O grupo também auxiliou na elaboração do programa paranaense de mobilidade por bicicleta Ciclo Paraná, integrando o Conselho Paranaense de Ciclomobilidade (Conciclo), e participa do Conselho Municipal da Cidade de Curitiba (Concitiba).

Integrantes do programa de extensão Ciclovida desenvolvem dois projetos e 27 ações ligadas à pesquisa, ao ensino e à extensão. Foto: Divulgação
Integrantes do programa de extensão Ciclovida desenvolvem dois projetos e 27 ações ligadas à pesquisa, ao ensino e à extensão. Foto: Divulgação

Belotto explica que o objetivo do Ciclovida é fazer da comunidade universitária um núcleo que irradie uma cultura de mobilidade sustentável para a sociedade. “Uma comunidade que use a bicicleta, que pesquise sobre a bicicleta e que divulgue os benefícios da adoção da bicicleta tanto individuais quanto para a sociedade, como a diminuição da emissão de poluentes e facilidade da conservação da malha cicloviária e viária da cidade”, diz.

No programa Ciclovida, técnico-administrativos, docentes e estudantes de diferentes setores e departamentos desenvolvem dois projetos e 27 ações ligadas à pesquisa, ao ensino e à extensão. Os projetos são o “Desafio intermodal”, que ocorre anualmente em setembro, em Curitiba, e o “Sensibilização para uso da bicicleta”, que recupera bicicletas abandonadas e doadas e incentiva a utilização, que é monitorada. Um livro sobre as experiências do programa foi lançado em julho, na Associação dos Servidores da UFPR (Asufepar), em Curitiba.

Qualidade de vida
para a população

Contribuir com a afirmação da cidadania por meio de ações cooperativas, interagindo com movimentos sociais, sindicatos, associações de moradores e poder público. Essa é a missão da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da UFPR, que também visa estimular a autogestão a partir do princípio do respeito ao saber popular, na busca de geração de trabalho, renda e cidadania. Nessa perspectiva, o técnico-administrativo Sandro Miguel Mendes, que coordena a ITCP da UFPR, já levou centenas de estudantes a comunidades do litoral e região metropolitana de Curitiba para realizar ações de capacitação e orientação de populações rurais.

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UFPR participou do projeto Rondon, que visa contribuir com o desenvolvimento local sustentável. Imagem: Divulgação
A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UFPR participou do projeto Rondon, que visa contribuir com o desenvolvimento local sustentável. Imagem: Divulgação

Para Mendes, o conhecimento e tudo que já foi produzido e construído na pesquisa e na extensão da Universidade pode contribuir muito dentro de uma comunidade. “Especificamente nós que atuamos com economia solidária podemos trabalhar com geração de emprego, organização comunitária, desenvolvimento local, novas tecnologias. Isso contribui muito para que a comunidade de fato consiga se desenvolver tendo uma boa qualidade de vida, mas também tendo aquela sensação do bem viver, ou seja, qualidade de vida com felicidade”, avalia.

O programa de extensão e pesquisa é vinculado à Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da UFPR, que envolve estudantes, professores e técnico-administrativos de forma interdisciplinar. A Incubadora também já participou do projeto Rondon, do governo federal, que visa somar esforços com as lideranças comunitárias e com a população para contribuir com o desenvolvimento local sustentável e na construção e promoção da cidadania.

Retorno social

A importância de contribuir com a sociedade integra a atuação dos servidores, que reforçam a questão como uma obrigação. Para Marinês, através das pesquisas é possível contribuir com a sociedade para um mundo melhor. “As propostas que estamos trazendo é para ajudar numa situação que alguém precisa fazer alguma coisa”, avalia.

Belotto acredita que a universidade precisa quebrar paradigmas, mostrar novas oportunidades e tendências para melhorar a vida das pessoas. “Eu recebo da sociedade e quero devolver com folgas para principalmente tentar melhorar a vida para as futuras gerações. A universidade deve estar na vanguarda das transformações que a sociedade precisa”.

Mendes afirma que a Universidade teve uma excelente qualificação dos servidores técnico-administrativos há alguns anos. “Hoje eu como técnico-administrativo desenvolvendo atividades de extensão entendo que a gente consegue contribuir muito para que a Universidade faça seu papel social, ou seja, estar muito próxima da população e principalmente da mais vulnerável, que mais precisa de apoio em atividades de ensino, pesquisa e extensão”, considera.

Assista abaixo à reportagem produzida pela UFPR TV:

Por Chirlei Kohls
Parceria Superintendência de Comunicação e Marketing (Sucom) e Agência Escola de Comunicação Pública e Divulgação Científica e Cultural da UFPR

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