Quinto de uma família de seis filhos, Fraga diz que desde os sete anos já planejava seguir os passos do irmão Rubens, 11 anos mais velho, e tornar-se médico. Aos 18 anos, sem experiência alguma, queria trabalhar e prestou concurso para assistente administrativo da UFPR. “Sempre quis estar na Universidade. Quando passava pelo prédio histórico da Santos Andrade, pelo Hospital de Clínicas ou pelo Centro Politécnico, indo para praia, já sonhava vir para cá”, lembra.
Fraga trabalhou cerca de um ano e meio no Centro Politécnico e, em seguida, passou ao Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) do Hospital de Clínicas, no ano de 1993. Trabalhava à noite e durante o dia cursava Medicina. “Como estudante e servidor conheci os processos administrativos do hospital. Mas já tinha muita curiosidade sobre as questões clínicas”, conta.
Ao se formar, em 1998, Fraga pediu exoneração do hospital, já que não conseguia mais conciliar seu horário de trabalho com a residência. Depois, especializou-se em cirurgia geral e urologia, fez mestrado e doutorado na Unicamp. Dez anos depois, já com consultório e atuando como professor em outra instituição, retornou à UFPR, agora em outra posição.
“Em 2007, passei no concurso de docente e atuei até 2013 no Departamento de Anatomia do Centro Politécnico. Depois, vim para o Hospital de Clínicas na cadeira de professor titular do Departamento de Urologia”, conta Fraga, que não esquece de suas noites no Pronto Atendimento. “O hospital tem suas prioridades, suas dificuldades, mas, acima de tudo, tem gente que gosta de gente. O diferencial aqui é tratar das pessoas, com as pessoas e pelas pessoas”.
Por Renildo Meurer