Um jogo de estratégia que concilia habilidade e inclusão. Essas são algumas das características da bocha adaptada, uma modalidade em que pessoas com elevado grau de comprometimento motor podem praticar um esporte de alto rendimento.
A prática da bocha adaptada na Universidade Federal Paraná (UFPR) existe desde 2006. O projeto, em parceria com o Clube Duque de Caxias e a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP), proporciona a 25 atletas quatro treinos por semana na quadra do Departamento de Educação Física (DEF).
Na última semana, foi entregue a reforma do piso da quadra, que recebeu nova pintura. A obra foi possível com a contribuição do clube, da Associação Atlética Acadêmica de Medicina da UFPR, Associação Atlética de Educação Física e Liga das Atléticas da UFPR – L.A.UFPR, além de doações dos atletas e de seus familiares. “É uma conquista a várias mãos e um orgulho para nós”, resume o treinador da equipe, Darlan França Ciesielski Junior.
Denis Alves pratica o esporte na UFPR com a esposa desde o início do ano e já participou dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná, no mês de junho. Para ele, os benefícios da prática envolvem aspectos físicos e sociais. “O esporte faz bem para nossa saúde. Aquelas pessoas que ficam só em casa têm dificuldades, mas têm uma força maior que a de todos nós. É uma forma de inclusão e a gente se sente mais útil”. Em setembro, Denis e os outros atletas participarão de uma seletiva que dará vagas para o brasileiro da modalidade.
Durante a entrega do novo piso, o chefe do DEF, Ricardo Sonoda, e o diretor do Setor de Ciências Biológicas, Edvaldo Trindade, agradeceram e parabenizaram a iniciativa e a interação da UFPR com a comunidade. Além da extensão, a UFPR oportuniza aos alunos de graduação a prática dessas atividades na disciplina de “Educação Física Adaptada”, coordenada pela professora Adriana de Paula.
Por ASPEC/BIO