O livro “Plantas medicinais: conhecendo algumas espécies” foi lançado pelo Programa de Extensão Plantas Medicinais: integrando universidade e comunidade, do Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A obra — disponível gratuitamente em e-book no site da Editora UFPR — ensina como identificar, cultivar, preparar e as finalidades terapêuticas das plantas. É o segundo livro sobre plantas medicinais lançado pelo programa.
No total, o livro descreve 40 plantas medicinais. Confira abaixo algumas dessas plantas e seus possíveis usos, segundo as palavras de duas autoras do livro, as professoras Patricia da Costa Zonetti e Roberta Paulert, do Setor Palotina da UFPR:
Pulmonária
É uma planta considerada medicinal, com ação anti-inflamatória. “É uma planta muito versátil podendo ser ornamental, medicinal e alimentícia não convencional (PANC). É também conhecida como peixinho, pois as folhas podem ser preparadas à milanesa e fritas. Com gotas de limão, servem de aperitivo, pois ficam crocantes, saborosas e lembram peixe frito. É uma planta de fácil propagação, com textura macia que agrada as crianças”, descreve a professora Roberta Paulert, coordenadora do projeto de extensão.
Burrito
O verão se aproxima e no oeste do Paraná essa é a época em que uma planta arbustiva conhecida como burrito vira ingrediente do tererê, a bebida feita com infusão de erva-mate em água fria. As folhas da Aloysia polystachya são misturadas à bebida que ganha um sabor mentolado, parecido com o da hortelã. “As folhas do burrito são bastante utilizadas no tererê por ser digestiva e pelo seu sabor. No entanto, sempre alertamos que não se deve fazer uso excessivo das folhas, pois é uma planta que também atua no Sistema Nervoso Central”, alerta a professora Patricia da Costa Zonetti, integrante do projeto de extensão.
Hibisco
O hibisco se tornou ingrediente comum em bebidas preparadas com gim. A planta, também conhecida como groselha, tem ação diurética e pode ser usada para combater problemas gastrointestinais. “Encontramos esta planta seca em todos os mercados. Usa-se o chá frio em bebidas geladas, muito saboroso. É uma planta muito bonita”, conta a professora Patrícia.
Açafrão e sabugueiro
Outra planta muito comum na região é o açafrão. Mas somente o rizoma, o caule subterrâneo, é utilizado. A planta é usada para temperar e dar cor amarelada aos alimentos e tem propriedades para reduzir o colesterol, para melhorar a digestão e o apetite.
Já o chá preparado com as flores do sabugueiro tem sabor parecido com o do mel. Segundo a professora Roberta, a planta é ornamental “com flores pequenas de cor branca, com aroma agradável. O livro descreve também outra espécie medicinal e ornamental; a aroeira-pimenteira ou pimenta-rosa que é árvore nativa da Mata Atlântica com frutos aromáticos, adocicados e brilhantes”.
Panaceia
A panaceia é uma árvore pequena, com folhas bem grandes, com até 35 cm de comprimento. É uma planta nativa que está sendo estudada pelo setor Palotina em parceria com a Universidade de Pisa, na Itália. As folhas têm ação diurética, anti-inflamatória e antioxidante, além de contribuir para cicatrizar feridas na pele.
Livro
O livro Plantas medicinais: conhecendo algumas espécies está disponível gratuitamente no site da Editora UFPR. São 134 páginas com fotografias, descrição das plantas, usos medicinais e cuidados. Clicando aqui você conhece outros livros digitais da Editora UFPR.
Fotos da galeria: Reprodução
Foto em destaque: Wikimedia Commons