A ciência das luzes foi unida à arte numa apresentação que envolveu experimentos de luzes, poesia, música e dança. Os integrantes do projeto de extensão Lux, do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que leva experimentos de luz para crianças de escolas de Curitiba, inovaram ao montar o espetáculo para a abertura do Paiol Digital. O evento ocorreu na noite da última terça-feira (30) no Teatro Paiol, em Curitiba.
Para o coordenador do Lux, James Alexandre Baraniuk, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFPR, a apresentação é uma maneira de ampliar o espaço da ciência. “É a primeira vez que fazemos uma apresentação numa concepção mais artística. Estamos tentando levar a ciência para além dos muros da universidade. É bastante emocionante estar aqui [no Paiol Digital] representando a Universidade. É uma nova frente, um novo espaço”, diz.
A presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, que realiza o Paiol Digital junto ao movimento Vale do Pinhão e à prefeitura de Curitiba, Cris Alessi, destaca que é importante ter a Universidade próxima do setor público e também pensando na cidade e colocando seus projetos à disposição do cidadão. “Um dos grandes pilares do Vale do Pinhão é a conexão do ecossistema de inovação e sociedade. E nesse ponto a Universidade Federal é nossa grande parceira. No Paiol Digital trouxemos um pouco de cultura e arte. E aí o projeto Lux é perfeito, porque traz inovação e cultura para dentro desse teatro [Paiol] maravilhoso”, afirma.
Nove pessoas estiveram envolvidas na realização do show apresentado pelo Lux, que teve direção artística da arquiteta Maristela Ono e dança de Carol Martins. A preparação foi feita em um mês, com encontros e ensaios semanais.
O projeto Lux
O projeto de extensão Lux é direcionado ao ensino de ciências por meio de experimentos de luzes para crianças de escolas de Curitiba. São feitas gravações de vídeos em parceria com a UFPR TV, que podem ser acessados neste link. O objetivo é estimular as crianças aos estudos das ciências e em geral. “Trabalhamos com descobertas de alguns fenômenos muito interessantes. Por meio de vídeos, estimulamos as crianças a perceberem as curiosidades e a experimentarem atividades de ciências”, explica o coordenador do Lux, professor James.
O projeto começou em 2017 a partir da exposição “Luz, ciência e emoção” realizada no Museu Municipal de Arte (MuMA) em parceria com a Secretaria de Educação de Curitiba. “Justamente em função dessa exposição surgiu a ideia de gravar vídeos para crianças para serem utilizados nas escolas da rede pública de ensino”, acrescenta James.
“O projeto é importante para o estudante porque temos contato com a troca do conhecimento. Você passa o conhecimento e você vê as pessoas aprendendo. É muito bacana”, considera Matheus Lana Fernandes, estudante de do curso de Engenharia Elétrica da UFPR e integrante do projeto Lux.
O Paiol Digital
O Paiol Digital ocorre mensalmente no Teatro Paiol, em Curitiba, com a participação de quatro palestrantes e abertura de uma apresentação artística. Essa foi a primeira vez que um projeto universitário abriu o evento. De acordo com a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Cris Alessi, o objetivo é promover a cultura de inovação, tecnologia, empreendedorismo e juntar o ecossistema de inovação em volta do projeto do Vale do Pinhão para transformar Curitiba numa cidade mais criativa e inteligente para todos.
Na décima primeira edição, que ocorreu na última terça-feira (30), participaram Marcos Piangers, autor do best seller “O papai é pop”; Mauricio Noronha e Rodrigo Brenner, criadores da Furf Design, primeira empresa brasileira a receber o Leão de Cannes em Product Design; João Pedro Novochadlo, um dos fundadores da Veever, que criou um aplicativo para ajudar deficientes visuais; e Débora Reis, head de Recursos Humanos da Totvs, consultoria com foco na transformação de talentos e lideranças.
Por Chirlei Kohls
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