O projeto Aprendendo a Conviver, do Departamento de Educação, foi contemplado com US$ 234 mil em um edital da Templeton Foundation para projetos voltados ao desenvolvimento de virtudes e forças de caráter. Os recursos serão aplicados na expansão da iniciativa, por meio de um novo projeto, que trabalhará estratégias de resolução de conflitos em 60 escolas de ensino fundamental, em parceria com pesquisadores das universidades de Victoria (Canadá), Indianápolis e Nebraska (EUA).
A proposta selecionada é inspirada no Wits, projeto da University of Victoria desenvolvido em várias regiões do Canadá. A versão brasileira recebeu o nome de DIGA (Dialogue, Ignore, Ganhe distância e Ache ajuda). “O foco desta pesquisa será a avaliação sistemática do programa DIGA, que consiste em um esforço para transformar abordagens da comunidade para promover relacionamentos saudáveis e prevenir o bullying e vitimização”, explica o coordenador do Conviver, professor Josafá Moreira da Cunha.
De acordo com ele, as ações serão voltadas para a promoção da convivência, cooperação e empatia, com ênfase para o desenvolvimento da responsabilidade social. “A escola é um microcosmo da sociedade e acreditamos que a partir dela é possível disseminar esses valores pela comunidade”, afirma Cunha.
O professor destaca que o financiamento vem num momento oportuno, já que, conforme a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as escolas têm até o fim de 2019 para incorporar o desenvolvimento de competências socioemocionais ao ensino básico: “Vamos trabalhar com turmas de quartos e quintos anos, fornecendo desde cartazes até subsídios para planos de ensino, capacitando professore e atuando também com famílias e líderes comunitários”.
O projeto Conviver abrirá no início de 2019 uma chamada para escolas interessadas em participar do DIGA. A prioridade será para escolas da região metropolitana de Curitiba.
Os recursos destinados ao projeto – intitulado “Conviver: Enhancing Social Responsibility and Prosocial Leadership in Elementary School Children in Brazil ” – deverão ser aplicados ao longo de dois anos. As ações serão executadas em parceria com os professores Bonnie Leadbeater, da Universidade de Victoria; Jonathan Santo, da Universidade de Nebraska; e Kandra Thomas, da Universidade de Indianapolis.
A Templeton Foundation é uma fundação criada pelo investidor e filantropo Sir John Templeton, que morreu em 2008.
