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Professores são capacitados para projeto da UFPR e Nasa que envolverá escolas na coleta de dados sobre Aedes aegypti

A oficina reuniu representantes de 20 escolas da rede estadual

Professores de 20 escolas da rede pública estadual do Litoral participaram esta semana, em Matinhos, do Workshop de Formação de Formadores Globe. A capacitação é a primeira etapa do Projeto Globe Brasil – uma parceria entre a Nasa, a UFPR (por meio do Labmóvel, programa de extensão do Setor Litoral) e a Agência Espacial Brasileira que envolverá professores e estudantes na coleta de dados sobre o mosquito Aedes aegypti, que que transmite a dengue, o Zika vírus e a Febre Chikungunya, entre outras doenças.

O objetivo do projeto é despertar o interesse pela ciência e envolver a população no controle da disseminação do mosquito. A partir da capacitação, os educadores e seus alunos irão contribuir com coleta de dados, abrindo oportunidades para desenvolver projetos e impulsionar ações de escala local.

A oficina foi conduzida por uma equipe composta pelo coordenador executivo do Globe Brasil, Jean Batana; a pesquisadora Russane Low, do Instituto for Global Enviromental Strategies (IGES); Aline Bessa Veloso, tecnologista da Agência Espacial Brasileira; e Inês Maria Mauad, coordenadora educacional do Programa Globe Brasil.

Aline ressaltou que se trata de um trabalho que visa a compreensão da Terra como um sistema. “Já participam das ações mais de 30 mil escolas de 117 países. A Índia é o pais com mais escolas participantes e a Arábia Saudita, o que mais disponibiliza dados”, informou a palestrante.

O Programa Globe teve início em 1994 e chegou ao Brasil em 2015. Além da capacitação e da metodologia de trabalho, ele disponibiliza uma plataforma de coleta de dados que, após compilados, são enviados para a Nasa e poderão ser fontes para pesquisas ambientais.

Os professores receberam uma lente que pode ser acoplada a telefones celulares e ajuda a identificar as larvas e mosquitos Aedes aegypti. Foto: Divulgação/Projeto Globe

Esse evento faz parte de uma campanha do estudo científico da larva do mosquito Aedes aegypti promovida pela Fundação USAID, envolvendo três cidades brasileiras e três cidades peruanas. A previsão é iniciar as atividades em 25 escolas de ensino fundamental até o final deste mês. Além da capacitação, os professores receberam um kit, com uma lente que pode ser acoplada a telefones celulares e ajuda a identificar as larvas e mosquitos Aedes aegypti.

Alunos ansiosos

Rafael Veiga, professor no colégio Cidalia Rebello Gomes, na Ilha de Valadares, em Paranaguá, diz que seus alunos estão ansiosos para participar do projeto. “Eles querem conhecer estudantes de outros países, como dos Estados Unidos, saber como eles desenvolvem suas pesquisas e aprender com eles”, afirma o professor. Veiga acredita que projetos como esse podem ajudar a tirar outras iniciativas do papel, uma vez que há muitas propostas e poucas ações efetivas em relação ao controle do Aedes na região.

A próxima etapa será o trabalho de campo para coleta de dados sobre o mosquito. Foto: Divulgação/Projeto Globe

A professora Andressa Budny, da escola rural Hiram Rolim Lamas, no município de Antonina, afirma que alguns estudantes da escola já foram infectados pelo vírus da dengue. “É um projeto muito interessante, teremos apenas que vencer o desafio do acesso à internet via celular, porque estamos em uma área rural”, afirmou Andressa.

O coordenador do LabMovel, professor Rodrigo Reis, ressalta a importância da parceria e de trazer o trabalho para o Paraná. “Além de Paranaguá, apenas outras duas cidades brasileiras participam da primeira fase de implementação do programa, o Rio de Janeiro e São José dos Campos”, enfatizou Reis.

 

Por Aline Gonçalves

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