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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Professores da UFPR vão lançar obra na Flip

 

O maior festival literário do país terá um lançamento paranaense na edição deste ano. Os professores da Universidade Federal do Paraná Guilherme Gontijo Flores e Rodrigo Tadeu Gonçalves apresentam durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip 2017) o livro Algo Infiel: corpo performance tradução, escrito a quatro mãos. O lançamento está marcado para o dia 28 de julho.

A obra traz uma complexa rede de ensaios, com vozes e temas que se entrelaçam numa constelação maior, intercalada com as fotos do curitibano Rafael Dabul.

“Trabalhamos há um bom tempo na UFPR, demos uma disciplina juntos chamada Literatura e Música e, ao longo do semestre, percebemos que precisávamos registrar nossos insights de um jeito menos acadêmico, mais palatável e agradável, pois o curso estava sendo muito divertido e os alunos estavam respondendo bem”, diz Rodrigo. “Então sentamos juntos algumas vezes e escrevemos. Outros textos foram escritos individualmente, e depois relidos pelo outro e alterados, revisados, aumentados. Alguns são individuais. Preferimos não indicar o que é de cada um e deixar uma espécie de pandemônio de vozes no livro.”

Esta é a primeira parceria de Rodrigo com Guilherme — vencedor do Prêmio Jabuti 2014 na categoria Tradução, com A Anatomia da Melancolia, de Robert Burton, e finalista no mesmo ano do Prêmio Portugal de Literatura na categoria poesia, com Brasa Enganosa.

A edição estava praticamente pronta quando os autores sentiram que faltava algo. Foi quando houve o contato com Rafael Dabul. “Debatemos a proposta, pensamos num conceito, em várias referências visuais, convidamos os modelos e o resto foi com ele. No final, as imagens ficaram belamente integradas ao conteúdo”, conta Rodrigo.

Depois de Paraty, o livro será lançado em Curitiba, no dia 5 de agosto.

As imagens

Como o livro aborda vários temas dentro da tradução e performance, Dabul propôs um ensaio fotográfico que mostrasse o corpo como um lugar de embate, como os autores colocam em alguns dos ensaios. “O corpo é um elemento comum aos vários ensaios do livro. Queríamos evitar uma relação imagem/texto que colocasse uma como ilustração do outro”, conta Dabul.

Os modelos escolhidos para os ensaios foram o ator Ranieri Gonzalez — que é citado em um dos ensaios do livro — e a atriz Leonarda Glück, do grupo Selvática, de Curitiba.

Sinopse

O que acontece quando se passa a considerar o texto como firmemente ancorado em seu momento, não de escrita, mas de realização? E quando consideramos a gravação de uma canção de Nina Simone como objeto de leitura, de análise e, por que não, de tradução? Como falar da palavra enunciada como magia, como efetivo criador de realidade?

Em Algo infiel, é ancorando a letra na voz, o som no corpo, o poema na sua realização como ato pleno, que Guilherme Gontijo Flores e Rodrigo Tadeu Gonçalves produzem uma sucessão de ensaios que individualmente já configuram uma contribuição originalíssima, cuja interconexão — entre si e também com as fotos de Rafael Dabul — cria sentidos ainda mais profundos. O resultado é uma espécie de constelação ensaística que tenta repensar o lugar da tradução, do tradutor e do texto traduzido num mundo agora de feitos e feitiços, de sentidos e sentidos, de criadores, criações e criaturas.

Sobre os autores

Guilherme Gontijo Flores (Brasília, 1984) é poeta, tradutor e professor na UFPR. Publicou os livros de pomas brasa enganosa (2013), Tróiades (2014-5), e l’azur Blasé (2016). Como tradutor, publicou, dentre outros, A anatomia da melancolia de Robert Burton (2011-13, 4 vols.), Elegias de Sexto Propércio (2014) e Safo: fragmentos completos (2017). É coeditor da antologia Por que calar nossos amores? Poesia homoerótica romana (2017), além de cofundador e coeditor da revista e blog escamandro. É membro fundador do grupo de performance tradutória Pecora Loca.

Rodrigo Tadeu Gonçalves (Jaú, 1981) é professor na UFPR, com estágio pós-doutoral no Centre Léon Robin em Paris. Atualmente é vice-diretor da Editora UFPR e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Publicou em 2015 o livro Performative Plautus: Sophistics, Metatherater and Translation e organizou a obra A Comédia e seus duplos: o Anfitrião de Plauto, publicada em 2017. Como tradutor, publicou um Pequeno Príncipe (2015) e participou da tradução coletiva do Paraíso Reconquistado de John Milton (2014). Trabalha atualmente em uma tradução integral hexamétrica do De Rerum Natura de Lucrécio. É membro fundador do grupo de performance tradutória Pecora Loca.

Rafael Dabul (Curitiba, 1977) é fotógrafo graduado em Comunicação Social — Publicidade e Propaganda pela PUCPR, pós-graduado em Comunicação e Cultura: Interfaces pela Universidade Positivo e mestre em artes pela Academy of Art University de São Francisco, Estados Unidos. Atua na área de fotografia comercial e editorial e participa de projetos culturais com artistas plásticos de Curitiba. Integra o time da zelig.digital.

 

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