Andréa Paula Segatto, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGADM) e professora do Departamento de Administração Geral e Aplicada (DAGA) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi a única na área de Ciências Sociais Aplicadas selecionada em chamada específica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para estágio pós-doutoral no exterior.
A partir de fevereiro de 2019, Andréa ficará um ano na Universidade Stanford, na Califórnia (Estados Unidos), para desenvolver um projeto de pesquisa sobre cooperações universidade-empresa e capacidades relacionais em escritórios de transferência de tecnologia, conhecidos no Brasil como Agências de Inovação.
O trabalho será desenvolvido em parceria com o professor Henry Etzkowitz, responsável por desenvolver o modelo da Hélice Tríplice (Triple Helix). O paradigma aborda a hélice tripla de inovação e empreendedorismo formada pelas interações universidade-indústria-governo, que são a chave para o crescimento econômico e o desenvolvimento social baseados no conhecimento.
“A ideia é traçar um paralelo entre os modelos de Agência de Inovação do Brasil e na UFPR e as competências do Escritório de Licenciamento e Transferência de Tecnologia (The Office of Technology Licensing – OTL) de Stanford, tentando desenvolver novas propostas de melhoramento da atuação dessas agências”, explica Andréa.
A pesquisadora afirma que, ao retornar ao Brasil, pretende trazer as experiências adquiridas em Stanford para auxiliar a progredir a área na UFPR. “Stanford está inserida no Vale do Silício –berço das maiores startups e empresas de tecnologia existentes –, portanto a história e as competências das agências deles são modelos a serem seguidos. Se eu puder trazer aquilo que desenvolver lá, em conjunto com o grupo de pesquisa, poderei contribuir muito para melhorar a atuação da Agência de Inovação da UFPR e até de outras universidades brasileiras”.
De acordo com Andréa, o conhecimento interno científico quando aplicado em ciência traz inovação para as empresas, resultando em competitividade para o Brasil no exterior. “Gostaria de contribuir facilitando esse fluxo de conhecimento entre todas essas esferas”, almeja.