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Paulo Vinícius Baptista é empossado superintendente de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade

Em cerimônia no gabinete do reitor Ricardo Marcelo Fonseca,  nesta quinta-feira (28), o professor Paulo Vinícius Baptista da Silva tomou posse como superintendente de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade  da UFPR. A nova superintendência (Sipad) foi criada em dezembro. Baptista será o primeiro responsável por pensar e implementar políticas que promovam a inclusão e a diversidade em nível institucional na universidade. “Nosso ponto de vista será o de olhar para o futuro e com uma ideia de ação, de sermos muito pró-ativos”, disse o superintendente.

A posse foi acompanhada por integrantes de coletivos, núcleos e movimentos sociais que atuam na UFPR, além de pró-reitores e diretores de setor. Em sua fala, Baptista manifestou suas perspectivas de atuação da Sipad. “A expectativa é que a superintendência mantenha o processo de diálogo constante ao longo da sua existência”, afirmou. O professor adiantou que os próximos passos da Sipad passam pela elaboração do plano de trabalho — o cronograma de deliberação, que incluirá representantes de grupos sociais abrangidos pela superintendência, será divulgado no segundo semestre — e pela solução de questões internas, como formação de equipe e escolha de sede.

Para o reitor Ricardo Marcelo Fonseca,  a UFPR dá “um passo à frente” ao buscar a institucionalização das políticas de diversidade. Ele destacou sua visão de que é papel das universidades preocuparem-se com a qualidade do ensino e da pesquisa, mas também promover a cidadania. “A cultura de direitos de minoria, que no contexto de hoje parece até coisa revolucionária, tem que ter lugar crescente no discurso político e institucional e a universidade pública precisa liderar e dar o exemplo”, disse.

O reitor destacou ainda que a cultura de inclusão “não pode ficar apenas na retórica”, uma vez que “o destino da universidade é ser colorida, inclusiva, e não elitista como costumam afirmar os detratores das universidades públicas”. “Pensar a política de forma madura significa buscar dialeticamente a síntese dessa negatividade, assimilar institucionalmente o clamor dos movimentos sociais que pedem por mais direitos e fazer com que essa voz não seja mais periférica, de fora, mas que seja, no plano político e institucional, de dentro, para que essa voz se torne a própria voz da universidade”.

O professor Paulo Vinícius Baptista e o reitor Ricardo Marcelo Fonseca, na cerimônia de posse. Foto: Leonardo Betinelli/Sucom-UFPR

Formado em Psicologia pela UFPR em 1991, Baptista é professor do Setor de Educação desde 1995 e sempre trabalhou com questões relacionadas à inclusão na educação. Atua no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) e é bolsista produtividade 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também preside a Comissão Específica de Validação (CEV-PP), que organiza e implementa as bancas de validação das autodeclarações de cotistas no vestibular e nos concursos públicos da UFPR.

Baptista fez ainda uma defesa das políticas afirmativas que a UFPR tem adotado nas últimas décadas, salientando a necessidade de que a instituição mantenha a linha de frente da busca por equidade. A UFPR foi uma das primeiras universidades do país a adotar política de cotas no vestibular, por exemplo, o que ocorreu em 2004. “A UFPR de hoje é melhor do que a UFPR que eu conheci na década de 90 porque é uma universidade mais plural”, ressaltou. “A participação de cada grupo social só vem enriquecendo a universidade. Os surdos nos ensinam, as mulheres nos ensinam, os públicos LGBTI nos ensinam”.

Processo

Para pontuar que a motivação para criar a nova unidade tem reflexo na visão da comunidade acadêmica, o reitor Ricardo Marcelo lembrou que o processo de aprovação da Sipad foi “uma das coisas mais suaves que já passaram pelo Conselho Universitário [Coun] que, como sabemos, tem a marca do dissenso”. Nesse ponto, Ricardo Marcelo “agradeceu o empenho” de pessoas que participaram do processo, como a professora Laura Ceretta Moreira, do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (Napne), o pró-reitor de Extensão e Cultura, Leandro Gorsdorf, e a professora Tatyana Friedrich, do Programa Política Migratória e Universidade Brasileira (PMUB).

 

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