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FEDERAL DO PARANÁ

Políticas e experiências em divulgação científica são temas em debate promovido pela Agência Escola UFPR

A Agência Escola de Comunicação Pública UFPR promove, entre os dias 16 e 17 de dezembro, o “Divulga Ciência AE”. O evento, que terá como tema a divulgação científica e universidade pública: políticas e experiências, reunirá nomes relevantes da produção científica brasileira, como o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira. A transmissão será ao vivo, das 10h às 11h30, através dos canais do YouTube e Facebook da Agência Escola UFPR – confira a programação completa neste link.

Dividido em dois dias, na quarta (16) e quinta (17), o “Divulga Ciência AE” contará com a abertura do reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, que vê no evento uma oportunidade em discutir a importância do diálogo com o público, para que as pessoas conheçam o que se tem feito no âmbito científico das universidades e da UFPR.

Ricardo Marcelo relembra que as universidades públicas são responsáveis por mais de 90% do conhecimento científico produzido no Brasil e reconhece o desafio de envolver na ciência as sociedades científicas, instituições de pesquisa, universidades, governo, cientistas, comunicadores, educadores e estudantes.

“A UFPR tem caminhado nessa direção com a participação em grandes programas nacionais e locais voltados para a popularização da ciência e tecnologia, convênios, projetos de extensão e pesquisa. Nesse sentido, eventos como esse são imprescindíveis, uma grande oportunidade para ampliarmos as discussões e a nossa tomada de decisão nessa área”, afirma.

Evento online será nos dias 16 e 17 de dezembro e reunirá nomes relevantes da produção científica brasileira. Imagem: Divulgação

Segundo a professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e coordenadora da Agência Escola UFPR, Regiane Ribeiro, o objetivo do “Divulga Ciência AE” é fazer uma discussão mais ampla sobre o conceito de divulgação científica e a criação de políticas.

Regiane destaca que as universidades são cada vez mais um campo propício para o desenvolvimento de projetos de divulgação científica. “Precisamos ter uma possibilidade de conectar tudo isso. Portanto, o evento vai colocar em perspectiva a divulgação científica no cenário da universidade pública e do fomento”.

Debates e relatos na programação

O primeiro dia do evento “Divulga Ciência AE” na quarta-feira (16) será dedicado a discutir políticas de divulgação científica nas universidades públicas. O debate será mediado pela coordenadora da Agência Escola, Regiane Ribeiro, e contará com a participação de Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); de Rodrigo Arantes Reis, professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável da UFPR e vice-presidente da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciências (ABCMC); e de Ramiro Wahrhaftig, presidente da Fundação Araucária.

O professor Rodrigo Arantes Reis destaca a estruturação das políticas de forma coletiva e como instrumento formalizado pelos órgãos governamentais. Para ele, assim é possível criar uma estratégia, definir financiamentos e tornar a divulgação científica um instrumento de cidadania e inclusão social.

“Uma população que tem acesso ao conhecimento científico consegue fazer uma leitura mais crítica da sua realidade e agir politicamente. Foi isso que pautou as políticas que tivemos e temos até hoje na área de divulgação e popularização da ciência no Brasil”, defende.

Na quinta-feira (17), serão apresentados relatos de experiências em divulgação científica nas universidades públicas, com participação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A divulgação científica no Brasil

Uma área abrangente que cada vez mais se torna presente na pesquisa brasileira. Regiane expressa que a divulgação científica tem mais que um espaço importante, para a professora se configura como um campo científico concreto.

Um estudo comparativo internacional, que avaliou a comunicação pública da ciência feita por universidades e instituições de pesquisa antes da pandemia da Covid-19, demonstrou que a intensidade das ações de organizações científicas no Brasil é maior em relação a países como Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Holanda, Alemanha, Portugal e Japão.

A pesquisa foi publicada na revista científica PLOS ONE e contou com a participação de pesquisadores vinculados ao Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT/CPCT).

Rodrigo destaca as ações de divulgação científica através da produção de materiais para a imprensa e os projetos ligados à disseminação da ciência com o público, como feiras de ciências e exposições itinerantes.

Para ele, é preciso cada vez mais demonstrar para a sociedade a qualidade e o impacto das pesquisas na vida dos brasileiros. “É uma questão que eu entendo como oportunidade e necessidade de ampliar o diálogo, até frente aos questionamentos e descréditos que estão sendo recentemente colocados sobre as nossas instituições de pesquisa, sejam os institutos ou universidades”.

Divulgação científica na pandemia

A pesquisa no Brasil não parou diante da pandemia da Covid-19. No entanto, impôs para a divulgação científica uma nova dinâmica de trabalho. Além da impossibilidade da realização de atividades presenciais, os desafios surgiram com a importância em comunicar as informações científicas de maneira mais clara.

Rodrigo enxerga que a divulgação científica vem crescendo de maneira significativa. Segundo o professor, a ciência ganhou mais credibilidade com a pandemia e se tornou um lugar onde as pessoas buscam informações. “Estamos vendo a chegada das vacinas, que têm demonstrado a importância de se ter uma validação científica para elas. Percebo que as pessoas têm consumido muita informação de divulgação científica preocupados com a sua realidade”, relata.

Regiane concorda ao afirmar que a expansão da divulgação científica se dá também pela importância que a ciência ganhou no contexto atual. Ela destaca que paralelo a isso também houve uma atuação forte das redes de comunicação e das pessoas nas redes sociais, com a entrada de pesquisadores como influenciadores, a exemplo do biólogo e doutor em Microbiologia Átila Iamarino.

Para a coordenadora da Agência Escola UFPR, esse é um momento favorável para pensar e desenvolver políticas de divulgação científica. “Hoje, o cenário é muito propício. A lição que a pandemia deixa é que o espaço se abriu para falar de ciência, para ouvir os cientistas e para ter a preocupação do diálogo com os meios de comunicação”.

Serviço
Divulga Ciência AE
Divulgação Científica e universidade pública: políticas e experiências
Dias 16 e 17 de dezembro, das 10h às 11h30
Transmissão ao vivo: YouTube e Facebook da Agência Escola UFPR
Confira a programação aqui

Por Maria Fernanda Mileski
Edição: Chirlei Kohls
Parceria Superintendência de Comunicação e Marketing (Sucom) e Agência Escola de Comunicação Pública da UFPR

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