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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Pesquisadores da UFPR publicam na Scientific Reports/Nature pesquisa que investiga ação benéfica de bactéria no arroz

Uma equipe interdisciplinar de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná publicou na Scientific Reports, do grupo Nature Research, resultados de uma pesquisa que estuda como a bactéria Herbaspirillum seropedicae influencia positivamene o crescimento do arroz. O grupo descobriu que o organismo modula a defesa da planta sem causar a inibição do seu crescimento. A bactéria é bastante conhecida e estudada na universidade por conta da sua capacidade de colonizar plantas e melhorar a produtividade. Além disso, é uma alternativa ao uso de fertilizantes nitrogenados.

Pesquisa tem efeitos no campo, na produção de arroz. Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

Os trabalhos sobre a Herbaspirillum seropedicae começaram a ser realizados na UFPR em 1985, por iniciativa do professor Fabio Pedrosa. Em 2010, seu sequenciamento genômico foi publicado, gerando um banco de dados utilizado no mundo todo. Segundo o professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Emanuel Maltempi de Souza, os trabalhos auxiliam na produtividade do campo. “As bactérias semelhantes a do trabalho já são usadas no Brasil inteiro, em 5 milhões de hectares. Estima-se que na próxima safra estejam em 10 milhões”, destaca.

Souza, que é um dos autores do artigo, explica que a equipe já sabia que a bactéria agia no desenvolvimento da planta, mas precisava entender a ação em nível molecular. Os cientistas descobriram que, em contato com a bactéria, a expressão de genes de defesa muda. “Descobrimos que a bactéria modula os genes de imunidade vegetal alterando seu funcionamento”, diz. Essa modulação ocorre sem inibir o crescimento e, ao contrário, estimula o crescimento vegetal.

A revista Scientific Reports faz parte da Springer Nature Publishing, uma das mais prestigiadas do mundo. O conteúdo da publicação envolve pesquisas primárias cientificamente válidas, de áreas das ciências biológicas e agricultura. Catorze pesquisadores, da UFPR e de outras instituições nacionais e internacionais, assinam o trabalho.