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FEDERAL DO PARANÁ

Pesquisadora da UFPR receberá prêmio internacional por inovação na ciência

Viviana Stephanie Costa Gagosian, mestranda em Genética da Universidade Federal do Paraná (UFPR) receberá o prêmio PETA International Science Consortium Ltd., que reconhece abordagens inovadoras na ciência.

A pesquisadora será homenageada na Escola de Verão sobre Abordagens Inovadoras em Ciência, que ocorrerá de 22 a 25 de junho de 2020, de forma virtual. O evento é organizado pelo Comitê de Medicina Responsável, pelo Centro de Alternativas para Testes em Animais da Universidade John Hopkins (de Baltimore, Estados Unidos), e pelo Centro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia.

Viviana desenvolve métodos alternativos ao uso de animais em testes científicos. Para isso, ela trabalha com a reconstituição in vitro da epiderme, camada externa da pele. O material, após diversos protocolos, é aplicado em testes de irritação cutânea na indústria de cosméticos. As pesquisas são realizadas no Laboratório de (Eco)toxicologia In Vitro da UFPR, em parceria com a empresa ALS e têm a orientação da professora Daniela Morais Leme.

Desenvolvimento de pele In Vitro

A epiderme humana reconstituída (RHE, em inglês) é criada a partir da desconstrução de tecidos neonatais, obtidos em cirurgias de fimose. O material reproduzido em laboratório apresenta todas as camadas da epiderme – basal, espinhosa, granulosa e estrato córneo.

Com a pele pronta, a equipe realiza diversos protocolos de comparação com a pele humana e inserção de substâncias, irritantes ou não, para viabilizar a aplicação em testes de novos produtos. Após esta aprovação, os resultados são comparados com outros já publicados para fazer uma validação interna no laboratório.

É neste ponto que está a pesquisa. Quando concluído, ainda será necessário estabelecer parcerias com outros laboratórios para validar a pele reconstituída, de acordo com as orientações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD). Assim, a pele poderá ser utilizada na indústria. No Brasil, desde setembro de 2019, o uso de animais nestes experimentos é proibido pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

À esquerda, um recorte das partes da pele humana. A parte roxa é a epiderme e a lilás, a derme. À direita, exemplo de Epiderme Humana Reconstituída (RHE), com as quatro camadas

 

Viviana desenvolve pesquisas sobre a pele in vitro e métodos não animais que podem ser usados no desenvolvimento de produtos. Fotos: arquivo pessoal

Retorno à sociedade

Viviana agradece aos colegas de laboratório e à orientadora pela conquista e explica que o prêmio os ajudará na carreira, para divulgar a ciência da UFPR em outros lugares do mundo. No futuro, ela pretende aprofundar os estudos no exterior, mas para retornar o conhecimento adquirido à ciência brasileira. “Estamos tentando mostrar o que fazemos à sociedade. Criamos uma conta no Instagram para mostrar os trabalhos dos alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado, discutindo com a sociedade os resultados”, exemplifica.

Na visão da mestranda, é difícil imaginar um mundo sem ciência, pois os estudos contribuem para avanços em diversas áreas do conhecimento. “Ela está no que comemos, nos medicamentos que tomamos, nas tecnologias que vêm surgindo.  Com mais investimento, poderemos ter mais inovação e ajudar na saúde e no ambiente”.

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