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Pesquisador que fez graduação e mestrado na UFPR recebe principal bolsa de doutorado do Canadá

Em dezembro, ao receber a notícia de que havia conquistado a bolsa de estudos para doutorado Vanier, do governo canadense, o pesquisador Diego Jesus de Souza, de 31 anos, ligou primeiro para seus ex-professores da UFPR, para só depois avisar a família no bairro Xaxim, em Curitiba. O impulso, diz ele, foi resultado de um “sentimento de gratificação” em relação à universidade, que o faz manter contato com docentes da graduação e do mestrado em Engenharia Civil até hoje.

“Foram vários os profissionais da pesquisa da UFPR que serviram de exemplo para mim”, lembra Souza, que faz doutorado na Universidade de Ottawa (uOttawa), no Canadá. “Quando saiu o resultado, fiquei sem palavras, meio que em choque e também muito feliz. E extremamente grato à UFPR, que foi o fator mais importante no meu currículo e no meu desenvolvimento, não apenas como profissional, mas como pessoa”.

Diego Jesus de Souza começou a pesquisar estruturas de concreto ainda na graduação; entrou na UFPR por meio de cotas em 2009. Foto: Nusrat Zubaida/Acervo Pessoal

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil (PPGECC) desde 2016, o pesquisador é o 13.º brasileiro na história do programa Vanier a ser contemplado pela bolsa — o sexto na sua categoria, Ciências Naturais e/ou Engenharia. Ainda em se tratando de modalidade, o primeiro bolsista brasileiro foi o professor da uOttawa que o orienta no doutorado, Leandro Sanchez, que obteve a bolsa em 2010.

Segundo o governo canadense, as bolsas Vanier Canada Graduate Scholarships (CGS) são concedidas para ajudar instituições do país a “atrair estudantes de doutorado altamente qualificados”. São oferecidas 50 bolsas para cada uma das três áreas (Ciências Naturais e/ou Engenharia, Saúde e Ciências Sociais e Humanas) e a indicação dos pesquisadores cabe às universidades canadenses onde eles estudam.

A seleção final considera três critérios: excelência acadêmica, potencial da pesquisa e liderança. Na área de Engenharia, para a qual Souza foi indicado, a concorrência é de cerca de dez candidatos por bolsa.

Momentos da carreira do pesquisador: na graduação, participando do PET Civil; em atividade do Escritório Modelo, durante o mestrado; na defesa da dissertação (ao centro), ao lado da banca: Juarez Hoppe Filho, co-orientador; Marcelo de Medeiros, orientador do mestrado; Leandro Sanchez, atual orientador; e Ronaldo Alves de Medeiros Junior, professor do PPGEC; e na pesquisa de doutorado. Fotos: Acervo Pessoal

O doutorando foi um dos três pesquisadores que a Universidade de Ottawa decidiu indicar. Em Ottawa, Souza estuda formas de mitigar uma reação que, com o tempo, causa rachaduras em estruturas de concreto — a Reação-Àlcali Agregado. “Mundialmente essa reação é um dos problemas mais comuns em estruturas de concreto, especialmente aqui no Canadá, onde grande parte dos agregados são reativos, e, ainda assim, precisam ser utilizados por questões financeiras”.

Os três professores da UFPR a quem Souza correu para contar sobre a conquista revelam sobre a própria história dele na UFPR: Marcelo Farias de Medeiros, o orientador de iniciação científica (IC) e do mestrado; o coordenador do Escritório Modelo de Engenharia Civil (Emea), Mauro Lacerda; e Laila Artigas, que o convidou para a primeira monitoria e para o primeiro projeto de IC na graduação.

Cotista

Souza conta que vem de uma família em que diploma universitário não é regra. O pai é falecido; a mãe, aposentada. Ele tinha vontade de ser pesquisador, mas achou que não conseguiria ingressar na graduação da UFPR por causa do vestibular e da concorrência. Entrou em Engenharia Civil na turma de 2009, pela lista de cotas para alunos de escolas públicas — ele fez o ensino médio no Colégio Estadual Jayme Canet e fundamental no Escola Estadual Professor Narciso Mendes.

A graduação foi um período importante para Souza, que levou o tema da sua iniciação científica para o mestrado. Já no primeiro ano de graduação ele foi aprovado na seleção para o PET de Engenharia Civil. Depois vieram diversas experiências na área de conhecimento do curso.

Degraus

“O ambiente da universidade alavancou o meu interesse na pesquisa”, conta. “Desde o PET, fui fazendo parte de outros programas de iniciação científica da universidade, seja de forma voluntária ou com bolsa”. No mestrado, Souza participou do Emea, quando teve a oportunidade de inspecionar mais de 500 pontes e viadutos no Paraná e em Santa Catarina, aprofundando estudos sobre estruturas de concreto.

O doutorado foi uma sugestão que surgiu após a defesa da dissertação, com a qual Souza foi finalista do prêmio de trabalhos científicos do Instituto Brasileiro de Concreto (Ibracon) de 2017. O trabalho rendeu publicações em periódicos internacionais e eventos científicos — foram mais de 20 artigos publicados nos últimos quatro anos sobre tecnologia e durabilidade do concreto –, além de um convite do atual orientador de Souza no doutorado.

Leia a notícia sobre o ex-estudante da UFPR no site da uOttawa neste link

Baixe a dissertação  de mestrado de Diego Souza no Repositório Digital da UFPR aqui

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