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FEDERAL DO PARANÁ

Participação de 129 bancas no 25º Evinci e no 10º Einti mostra interesse de universitários por pesquisa

Com 129 bancas de projetos científicos que reúnem estudantes de graduação e de pós-graduação foram apresentados durante o 25º Evento de Iniciação Científica (Evinci) e o 10º Evento de Inovação Tecnológica (Einti), realizados em paralelo à 9ª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPR (Siepe), em Curitiba. Dezenas de salas de aula foram reservadas no Centro de Ciências Sociais Aplicadas, no campus Jardim Botânico, para a apresentação dos projetos.

Os dois eventos marcam uma etapa de apresentação anual obrigatória para projetos subsidiados pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) — nesse caso, no Einti –, e pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), no Evinci. Ambos os programas são do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Eventos proporcionaram chance de universitários treinarem defesa de projetos. Foto: Leonardo Bettinelli

Treino

Além de servirem para validação de projetos de pesquisa, o Evinci e o Einti acabam por se mostrar uma oportunidade especial para estudantes de graduação: a de praticar uma defesa de trabalho diante de uma banca. Assim, por trás de cada porta fechada, a cada 15 minutos, havia um estudante se esforçando para que sua fala, slides de apresentação e respostas convencessem os avaliadores.

Estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária, Matheus Kopp Prendini, de 21 anos, veio a Curitiba para defender o projeto de manejo de moluscos que ajuda a desenvolver no campus de Pontal do Paraná, onde funciona o Centro de Estudos do Mar (CEM).

Matheus apresentou um método de reprodução assistida para cultivar ovas de polvo sob um controle de qualidade. Durante sua apresentação, ele conta que se sentiu “no primeiro dia de vestibular”. “O negócio é ser natural e dizer tudo de forma simples”, acredita. Além desse projeto de iniciação científica, o estudante participa de outros dois projetos de extensão.

Já Heloisa Redivo Basso, de 20 anos, apresentou sua experiência no acompanhamento de um projeto de mestrado em Engenharia Química, na área de alimentos. A pesquisa busca uma método para alterar a composição do azeite de oliva de forma que ele não provoque o acúmulo de gordura no corpo, mas mantendo o sabor e os benefícios do alimento.

Aluna do oitavo período, Heloisa conta que o Evinci ajudou a praticar uma defesa de projeto. “É uma experiência boa por podermos passar conhecimento, mas também é uma forma de treinar, falar em público com uma banca e muita gente assistindo”.

Interesse crescente

Os eventos também funcionam como uma medida informal do interesse dos estudantes por pesquisa. E, aparentemente, esse interesse está em alta. De acordo com pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFPR, Francisco de Assis Mendonça, a redução no número de bolsas de pesquisa em relação ao ano passado não se refletiu em queda substancial no número de participantes.

Ao contrário: o número de voluntários aumentou na iniciação científica. “Isso tem nos levado a trabalhar junto a órgãos de fomento, principalmente Capes, CNPq e Fundação Araucária, para aumentar o número de bolsas”, conta Mendonça, cuja expectativa é de que esse número volte a crescer, mesmo com os recentes cortes dos governos nos investimentos em educação.

Como os alunos dão mostras de que sentem necessidade de participar de projetos científicos, seja para ingressar posteriormente na carreira de pesquisador ou mesmo para complementar o ensino universitário, o pró-reitor da UFPR avalia que isso deveria se refletir na oferta de bolsas. “Isso nos coloca diante do fato de que brigar pelo aumento das bolsas é algo fundamental e é nesse sentido que temos que trabalhar”, diz.

Mendonça registra que a iniciação científica é um modelo “genuinamente brasileiro” que tem ajudado o país a se destacar em áreas científicas, mesmo em meio às adversidades. O Evinci é um dos eventos mais longevos da UFPR. “A iniciação científica é um programa fundamental, que tem trazido bons dividendos à universidade brasileira”, avalia. “É um programa que realmente aposta no futuro do país”.

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