O estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Geologia da Universidade Federal do Paraná, Vinicius Antunes Ferreira da Silva, foi um dos três brasileiros selecionados para o 2019 SEG/Chevron Student Leadership Symposium, em San Antonio, no estado do Texas, nos Estados Unidos. O evento, relacionado à indústria do petróleo, ocorreu na última semana, durante a 89ª Reunião Anual da Society of Exploration Geophysicists (SEG). O objetivo era aprimorar as habilidades de liderança, trabalho em equipe, resolução de problemas e desenvolvimento de habilidades de comunicação.
Além dele, outros 49 estudantes participaram. Como os selecionados têm transporte, hospedagem, refeições e inscrições pagas, as vagas são concorridas. Silva, que é secretário do capítulo estudantil do SEG Geofísica Paraná, conta que o evento lhe deu acesso a diversas instruções, apresentações e conselhos de profissionais experientes da indústria do petróleo. “Além disso, a bolsa nos permitia participar do SEG Annual Meeting, que é o maior evento científico do mundo de Geofísica”, conta.
Mesmo que seu tema de pesquisa não esteja ligado ao petróleo, ele afirma que pode exercitar outros tipos de habilidades, igualmente importantes para pesquisadores, mas que não costumam ser tão desenvolvidas na academia, como oratória, negociação e liderança. “Apresentei o pôster do nosso capítulo aos outros oficiais e membros da indústria. Foi ótimo ter recebido feedback: me informaram em como posso melhorar ainda mais minha apresentação a fim de torná-la mais clara e agradável aos ouvintes”, comenta.
A bolsa permitiu que o acadêmico participasse de dois eventos: além de treinamento de liderança e apresentação de boas práticas e atividades de criação de equipes, eles também estiveram na Exposição Internacional e da Reunião Anual da SEG. “A oportunidade de fazer networking neste tipo de evento é imensa sendo uma ótima chance para conhecer a pesquisa de seus pares e poder agregar conhecimento ao seu próprio trabalho”.
O evento estudantil contou com a participação de representantes de 21 países. Silva dividiu quarto com um estudante da Hungria. “Acredito que a experiência de como é interagir e trabalhar com pessoas dos mais variados aspectos culturais é o que mais me marcou neste evento. Pude presenciar que é necessário muito mais que apenas conhecimento técnico para lidar com grandes problemas na indústria”, complementa.