Logo UFPR

UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Matéria-prima do etanol e do açúcar vem de universidades brasileiras

A UFPR é uma das 10 instituições brasileiras de ensino superior que compõem a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Sucroenergético (Ridesa), grupo de pesquisadores que tem contribuído para o melhoramento genético da cana-de-açúcar. Ao longo de 29 anos de existência, a Rede desenvolveu 94 variedades de cana-de-açúcar com melhoramento genético. Elas representam 74% das variedades cultivadas no país e 84% das cultivadas no Paraná.

O trabalho desses pesquisadores faz parte da vida de praticamente todos os brasileiros, quando consomem açúcar ou abastecem seus veículos. Só em 2015 a Ridesa lançou três novas variedades de cana-de-açúcar que já demonstram resultados positivos na lavoura em diferentes aspectos, como no crescimento mais rápido e no teor de sacarose mais elevado. As categorias foram obtidas como resultado de pesquisas feitas pelo Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA/UFPR/RIDESA), ligado ao Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo do Setor de Ciências Agrárias da UFPR que, ao todo, já liberou seis variedades.

Foto: Samira Chami Neves

O Paraná é o quinto produtor de cana-de-açúcar do Brasil, com área plantada de 620 mil hectares, o que resulta em uma colheita de 44 milhões de toneladas por ano e garante à universidade um papel relevante na economia do estado. As pesquisas que originam novas variedades contribuem para aumentar a produtividade no setor gerando emprego e renda. Das variedades desenvolvidas pela UFPR, a RB966928, liberada em 2010, é atualmente a segunda variedade mais cultivada no País, com mais de 1.300.000 hectares plantados.

A Ridesa conta com 79 bases de pesquisa espalhadas pelo País, entre laboratórios, estações de cruzamento, estações experimentais e bases de seleção. Ao todo o grupo é responsável por 75 cultivares. Na UFPR, o projeto possui 24 unidades conveniadas, entre usinas e associações, atuando também em Santa Catarina, junto à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), e no Rio Grande do Sul, com a Embrapa Clima Temperado.

O professor Edelclaiton Daros, que foi coordenador geral da Ridesa por 18 anos, fala sobre a dimensão dessas pesquisas na vida dos brasileiros. “Quando tomamos um café e abastecemos um veículo com etanol, devemos lembrar que a cana que deu origem a esses produtos é tecnologia das universidades”, afirma. Além de trabalhar com o melhoramento da cana-de-açúcar, a Rede ainda desenvolve capital humano e científico para o país, por meio da formação de profissionais.

Sugestões

A revista AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento passa a integrar o Scimago Journal Rank
A revista AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento é o periódico científico interdisciplinar...
Ações de divulgação científica da UFPR são apresentadas em encontro internacional na Espanha
As atividades de divulgação científica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foram apresentadas, esta...
Programa Startup Garage UFPR está com inscrições abertas
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) por meio da Superintendência de Parcerias e Inovação (SPIn) em...
Na linha de frente da ação climática, comunidade global prioriza os alertas precoces para todos
Comemorado em 23 de março, o Dia Meteorológico Mundial foi instituído pela Organização das Nações Unidas...