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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Pesquisadores da UFPR participam de projeto na Antártica

Lab Air

O Laboratório de Análise e Qualidade do Ar (Lab Air) da Universidade Federal do Paraná está envolvido em uma pesquisa de extrema importância no Brasil, o Projeto Criosfera 1.

O projeto objetiva avaliar as concentrações de gases e partículas na Antártica, delineando as associações com efeitos climáticos. O Módulo Criosfera 1 foi instalado na Antártica em dezembro de 2011, em um local totalmente isolado e inabitável, onde a temperatura chega a até 65 graus negativos.

Segundo o professor Ricardo Godoi, coordenador do Lab Air, “a plataforma é basicamente um container abastado de brinquedos tecnológicos, um bombom recheado de pura computação eletrônica”. Estes “brinquedos tecnológicos” possibilitam o monitoramento e análise de dados extremamente relevantes.

Godoi faz parte do grupo de pesquisa da Criosfera e coopera na análise de filtros que ficaram na plataforma por o período de um ano. Por meio destas amostras é possível caracterizar a poluição atmosférica.

O professor é responsável pela criação e desenvolvimento do amostrador de material particulado, que é um equipamento responsável pela manutenção de coleta de Aerosol (poluentes ou poeira no ar). “Estamos fazendo o monitoramento on-line de temperatura e velocidade do vento, a plataforma é totalmente automatizada”, conta o pesquisador.

Além do professor, as alunas Renata Charello e Ellen Almeida, do curso de Engenharia Ambiental da UFPR, também estão envolvidas na pesquisa no Lab Air. Renata é orientanda do professor Ricardo Godoi e irá para a Antártica no início de março, para terminar sua pesquisa de conclusão de curso em Engenharia Ambiental.

Junto com o professor, Renata cuidou de um equipamento, e criou alguns métodos para fazer análises. Ela diz ser muito interessante ter a oportunidade de participar de um projeto tão importante e desafiador, além de poder ir para um ambiente militar e ser, se não uma das poucas ou a única mulher no campo de pesquisa entre a Península Antártica e América do Sul. “É um desafio, porque minha amostragem de pesquisa será feita com outro equipamento e não com o equipamento que auxiliei na monitoração durante minha permanência no laboratório da UFPR”, relata a aluna.

O projeto da plataforma na Antártica é desafiante para os que estão envolvidos no processo de pesquisa. “Sem dúvida o processo de transmissão atmosférica antropogênica na Antártica é um desafio, especialmente em uma região tão inóspita quanto aquela”, conta Godoi.

A UFPR dispõe esforços financeiros neste projeto, que é viabilizado pelo Fundo de Desenvolvimento Acadêmico (FDA). “A universidade está participando e contribuindo de alguma maneira com uma experiência muito desafiadora, como a de se ter uma estação totalmente automatizada. É um desafio tecnológico”, assegura Godoi.

Por Flaécia Gomes (com orientação da ACS)