A Proposta de implantar sinalização para proteger a fauna, feita pelo Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (ITTI-UFPR) será apresentada neste mês em Brasília no Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit). Este é um dos 13 programas de gestão ambiental da revitalização da BR 262, num trecho de 284 quilômetros entre Corumbá e Anastácio, Mato Grosso do Sul.
A partir do monitoramento semanal do atropelamento de animais, foram identificados alguns trechos com maior ocorrência de atropelamentos. Com base nestes resultados, a proposta de dispositivos de proteção à Fauna inclui implantação de radares para controle de velocidade, colocação de telas nos trechos mais críticos e corte da vegetação densa próxima à rodovia, que prejudica a visibilidade do motorista.
O controle dos atropelamentos foi realizado semanalmente, percorrendo a 60km/h todo o trecho entre as duas cidades, durante um ano. Foram encontrados 610 animais mortos, sendo 427 mamíferos, 140 répteis e 43 aves. Com as medidas propostas pela equipe do ITTI-UFPR, a expectativa é que esses acidentes diminuam.
De acordo com Marcela Sobanski, bióloga e coordenadora do Programa de Monitoramento de Atropelamentos de Fauna no ITTI-UFPR, estudos realizados em outros países apontam redução de 38% dos atropelamentos com o corte da vegetação próxima à rodovia e 87% com a implantação das telas. O estudo envolveu professores e estudantes de diversas áreas da UFPR e ainda não há data para a implantação das medidas sugeridas.
Texto feito com Informações da Assessoria de Imprensa do ITTI.