Termina nesta sexta-feira (31) o prazo para inscrições para o programa de Iniciação Científica e Integração Acadêmica da UFPR, que tem a finalidade de inserir estudantes de graduação na pesquisa. As habilitações são feitas no site da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, no link iniciação científica: http://www.ic.ufpr.br/inscricao/instrucoes.php?edital=2017. Nesta fase, são os professores coordenadores das pesquisas que inscrevem os projetos e indicam o número de bolsistas para atuar na pesquisa.
A UFPR tem atualmente 1.800 estudantes desenvolvendo estudos na Iniciação Científica – o que representa em torno de 7% dos alunos de graduação. A meta para os próximos quatro anos é dobrar este número, segundo a coordenadora do programa, professora Larissa Ramina. Ela está visitando empresas privadas e agências de fomento de pesquisa para conseguir mais recursos e, assim, oferecer um número maior de bolsas. Atualmente o valor é de R$ 400,00 por estudante. Grande parte dos integrantes do programa é formada por voluntários. Larissa entende que “a iniciação científica é importante porque descobre novos talentos e forma pesquisadores”.
Metade dos estudantes de IC entra no mestrado logo após a conclusão da graduação, segundo a professora Claudia Marino, que coordena pesquisas na área de metais, ligas metálicas e resistência à corrosão. Há 20 anos ela trabalha com três estudantes de iniciação científica por ano dos cursos de Química e Engenharia Mecânica e conta que vários deles começam a pesquisar já no início da graduação e gostam tanto que permanecem o curso todo, o que dá uma agilidade maior não só para a pesquisa, como aprofunda os conhecimentos dos jovens. “Eles são os soldados do laboratório. Chegam abertos a aprender e a descobrir a verdadeira vocação.”, destaca a pesquisadora. Além de pesquisas sobre a corrosão de metais para a indústria petroquímica, os estudos de Claudia Marino são voltados para os implantes ortopédicos.
O que dizem os estudantes
A vida no laboratório é fascinante e permite experiências que a sala de aula jamais irá proporcionar, diz a estudante do 3º ano de Engenharia Mecânica Eliziane da Rocha Camargo, integrante do programa de iniciação científica há dois anos. Atualmente ela desenvolve estudos relacionados com implantes dentários e atuou também em pesquisas de implante de quadril. Antes de se formar pretende ainda descobrir muito mais novidades na área. Eliziane trabalha 20 horas por semana no laboratório e é uma das orientandas da professora Claudia Marino.
Para Letícia Akiko Taminato, que já deixou o programa porque terminou a graduação em Química, a maior surpresa foi descobrir que, ao contrário da impressão inicial, nada no laboratório é simples, mas trabalhado em profundidade. Letícia pesquisou durante três anos e meio biomateriais voltados para a eletroquímica e colaborou nas pesquisas de mestrado e doutorado. Por isso acredita que terá facilidade quando ingressar em um programa de Pós-Graduação, já que pretende continuar pesquisando.
Vanessa dos Santos Brustolin, outra estudante de iniciação científica na área de Química, conta que aprendeu a fazer pesquisa e a ser independente nos estudos científicos, descobrindo os caminhos e as alternativas possíveis para o andamento de novas descobertas. Explica também que no laboratório encontrou técnicas que não foram mencionadas em sala de aula, como impedância eletroquímica (medição da corrente elétrica). Antes de ingressar no programa de IC, Vanessa ficou um ano como pesquisadora voluntária. Os planos agora são seguir a carreira de pesquisadora, ingressando no mestrado.
