O grupo Mulamba, formado por seis mulheres, foi a atração de encerramento da noite de quinta-feira (19) no Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná.
Juntas desde 2015, a banda se formou inicialmente para fazer um tributo a Cássia Eller. As composições do sexteto de Curitiba abordam temas ligados às mulheres, como machismo e discriminação. “Não precisamos gritar para a mulher a violência que ela sofre, precisamos que as pessoas que cometem violência contra mulheres nos escutem”, afirma Cacau de Sá, uma das vocalistas.
As integrantes explicam que enfrentaram dificuldades por serem mulheres fazendo música no Brasil, mas estão superando isso. “A gente está vencendo essa barreira lindamente, com a colaboração de todos, homens e mulheres”, diz Cacau.
A apresentação marcada por atitude foi a primeira da banda no Festival de Inverno e também em um coreto. “Esse festival fomenta a nossa cultura e a música. Somos de várias localidades do Brasil e é bom estar aqui sentindo esse clima”, comenta a vocalista Amanda Pacífico.
Peça “Comédia de um homem só” vai de cotidiano a Schwarzenegger
Hélio Barbosa e a “Comédia de um homem só” reuniram piadas diversas em um stand up no Theatro Municipal de Antonina e fizeram o público rir muito durante uma hora de show.
O ator adentrou o palco e iniciou um diálogo casual com os presentes. Para ele, é uma relação sincera. “O público é a entidade mais confiável que existe. Ele já vem disposto a gostar e a ser honesto”.
Presente pelo menos três vezes no Festival de Inverno, o humorista afirma que a iniciativa é, além de tudo, necessária. “Se as pessoas assistem e gostam, é porque está sendo valioso. Mais festivais assim deviam existir”, conta, complementando que o humor é uma linguagem dos deuses e é ótimo quando apreciada.
Hélio aponta que o destaque do espetáculo é a habilidade e comprova a técnica ao fazer passos de sapateado no palco, imitações de famosos e piadas.
As imitações passam por John Travolta, Jack Nicholson e Arnold Schwarzenegger, tudo para conquistar a amada que conheceu num passeio. As piadas giram em torno da arte da conquista, das coisas que o indivíduo se submete para impressionar outro alguém, tudo com o jeito “Hélio” de ser.
Até mesmo animais entraram na roda. Encarnando um argentino, o humorista passa a imitar um zoológico e tira gargalhadas da plateia. Há 36 anos na estrada, Hélio afirma que esse tipo de imitação, por mais inocente que pareça, também o diverte. Questionado se estava ansioso para o espetáculo, ele confirma, mas ao mesmo tempo se tranquiliza ao pensar no Theatro cheio. “Estou muito bem acompanhado”.
Solo de Gabriel Schwartz
No início da noite, o cantor e multi-instrumentista Gabriel Schwartz marcou presença na apresentação da Igreja São Benedito. O artista estreou seu show solo eclético, com composições próprias e interpretações.
Durante o espetáculo, Schwartz disse que já participou muitas vezes do Festival de Inverno. “É sempre uma alegria voltar”.
O repertório conta com canções e músicas instrumentais, ao som de violão e flauta. O artista canta e também constrói arranjos ao vivo, com o auxílio do seu loopstation, toca saxofone e baixo de oito cordas.
Aline Fernandes França, Larissa Nicolosi e Agência Prattica