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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Festival de Inverno encerra programação com carnaval fora de época

Um carnaval fora de época encerrou o 28º Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná na noite de sábado (21). As escolas de samba do município levaram carros alegóricos, alas e a bateria para a rua em pleno mês de julho. O público aproveitou a energia carnavalesca para cair no samba.

Logo depois, a banda antoninense 50 graus tomou conta da festa e animou a noite com sucessos do axé. O grupo formado por 12 músicos comandou os dois últimos carnavais de Antonina.

 

Durante oito dias, estudantes, professores, servidores técnico-administrativos, artistas e a comunidade em geral participaram de uma ampla programação em Antonina.

O pró-reitor de Extensão e Cultura da UFPR, Leandro Gorsdorf; a coordenadora de Cultura da PROEC, Cláudia Madruga; e autoridades municipais participaram do encerramento. Gorsdorf afirmou que o evento foi um sucesso. “Tivemos uma semana maravilhosa, a sensação é de missão cumprida. Muita festa cultura e conhecimento passaram por aqui”.

Solenidade de encerramento do Festival de Inverno 2018. Foto: Nicolle Schumacher

“Acabamos a programação hoje, mas já iniciamos também os preparativos para o 29 Festival de Inverno. Que ele venha com mais força, alegria e felicidade. Agradeço a todos os servidores que fizeram o evento acontecer e à comunidade antoninense. Nos vemos no próximo ano!”, concluiu o pró-reitor.

 

Resultados das oficinas

As apresentações das oficinas foram realizadas no início da tarde de sábado. “As oficinas são uma parte muito especial para o Festival de Inverno. São atividades que deixam um legado para quem participa”, avaliou Cláudia Madruga, coordenadora de cultura da PROEC.

O workshop de mestre-sala e porta-bandeira, ministrado por Dandara Ventapane, porta-bandeira da escola de samba carioca “União da Ilha do Governador”, foi o primeiro a se apresentar. Os integrantes mostraram os elementos do bailado que aprenderam durante a semana.

Na sequência, as “Danças tradicionais brasileiras – Sotaques e Recriações” tomaram conta do salão com muito ritmo, passos e jogos. Os arcos coloridos produzidos pelos participantes da oficina trouxeram alegria e movimento ao espaço.

O grupo voltou a se apresentar em parceria com a oficina de Música Percussiva, ministrada por Fernando Lobo. A união de música e dança conquistaram o público.

Ao som de violão, Rosy Greca acompanhou o grupo da oficina “A performance do contador de história através dos elementos da música”. Os integrantes contaram uma história, mostrando prática corporal e integração. Rosy destacou que a maioria dos participantes veio de outras cidades em busca de aprendizado.

A oficina de Danças urbanas inclusiva fez professores e estudantes da Apae de Antonina dançarem hip hop. A coreografia animou o público, mostrando o potencial e o carisma do grupo.

O reggae foi o som escolhido pelo grupo da maturidade. A atividade fez parte da oficina de Dança espontânea: som e movimento, ministrada por Kátia Maria Drumond. “Elas são joias raras e descobriram que precisam viver para elas, doar esse tempo para elas”, disse.

Uma performance na rua marcou a apresentação da oficina “Crua – Laboratório Performance”, de Bia Figueiredo.

A oficina de Fotografia e Vídeo, ministrada por Soluá Carneiro, produziu um vídeo pela técnica stop motion, feito a partir das fotografias dos participantes. As imagens foram capturadas por celulares.

Os trabalhos das oficinas “Antonina em Quadrinhos” e “Agregando valor à chita” ficaram em exposição para o público. As participantes do segundo grupo produziram uma cortina de retalhos para doação.

 

UM2UO

O UM2UO também se apresentou no último dia de Festival de Inverno da UFPR. O grupo de música de câmara é conhecido por seus trabalhos com música nova.

“Começamos a desenvolver nosso trabalho dentro da Orquestra Filarmônica da UFPR, até que em 2015 nos juntamos e decidimos viver esse projeto. Há alguns anos pesquisamos timbres e sons novos. Trouxemos materiais sonoros que desenvolvemos”, conta Vinicius Portes.

Grupo UM2UO se apresentou pela segunda vez no Festival. Foto: Agência Prattica

O UM2UO foi premiado no concurso internacional de Música de Câmara, no Festival Villa Lobos. “Temos grande apreço por buscar timbres e coisas que não estão prontas. Trabalhamos com música contemporânea, gostamos de tomar caminhos novos”, afirmou o músico Luís Fernando Diogo.

A dupla convidou o músico Fernando Lobo, ministrante da oficina de Música Percussiva Brasileira, para o show.

Essa foi a segunda apresentação do duo no Festival de Inverno. Na primeira participação, os músicos tocaram em Matinhos.

 

“Sociedade dos ratos” marca crítica social no último dia do Festival de Inverno

Na peça, cobaias de laboratório são usados em experimento e proibidos de ter contato com o mundo real, vendo os ratos de esgoto como ameaças. Foto: Nicolle Schumacher

A PalavrAção Cia. de Teatro da UFPR marcou presença no último dia do Festival de Inverno. Lotando o Theatro Municipal de Antonina, a peça “Sociedade dos Ratos” trouxe uma crítica social repleta de bom humor.

O espetáculo se passa num mundo dividido entre ratos de esgoto, cobaias e líderes de laboratório. Os cenários são marcantes; os ratos mais pobres vivem numa periferia, com toda a problemática social existente. Lá vivem os protagonistas, Ratazana e Rato de esgoto, que visam promover uma revolução contra o laboratório de pesquisas.

Senso crítico é um termo proibido de existir no laboratório da sociedade dos ratos. Uma das maiores ameaças para Amo Supremo, que tenta dominar outros com alienação e mentiras, é que seus cobaias acabem pensando fora da caixa e conhecendo a vida real. A saga ganha tensão quando o Cobaia foge e conhece os encanamentos onde vivem os ratos de esgoto.

Na peça, são usados termos para familiarizar a sociedade dos ratos com a sociedade contemporânea – o nome do jogador Neymar e lanches de redes de fast food, por exemplo. Segundo o diretor de produção, Sergius Ramos, a ideia é fazer analogias com o comportamento social que vivemos. “É uma crítica bem humorada. Seriam ratos de laboratório, que mandam, e ratos de esgoto que, teoricamente, obedeceriam”, explica.

A cia. também afirma que o papel da peça e da própria arte abordada é promover a reflexão. “A arte precisa desse papel incisivo de promover o pensamento, principalmente quando levada para pessoas que têm carência de espetáculos artísticos”. O diretor liga esse papel com as apresentações do próprio Festival, por ser numa cidade pequena. Em 23 anos de história, a PalavrAção participou várias vezes do evento, com casa lotada.

“Sociedade dos ratos” nasceu a partir do texto do diretor geral da PalavrAção, Marcelo Felczak. O público se divertiu com o comportamento dos atores e as coincidências do enredo com o mundo “dos humanos”.

 

Terra Sonora e Seresta

Ainda no sábado, o público conferiu o espetáculo do Terra Sonora na Igreja São Benedito. O grupo trouxe um apanhado musical que passa pelas mais diversas culturas, ritmos, inspirações e épocas.

Grupo Terra Sonora encerrou as apresentações na Igreja São Benedito. Foto: Agência Prattica

O “Seresta Canto do Mar”, com longa tradição de apresentações no Festival de Inverno da UFPR, também marcou presença na programação. Ativo há 14 anos, conta com 20 componentes e realiza um trabalho de resgate da cultura musical com ênfase na Música Popular Brasileira.

O grupo se apresentou pela primeira vez no Festival de Inverno em 2003 e é comandado atualmente pelo violonista Ismael Santos.

 

Confira aqui a galeria de fotos Festival de Inverno 2018.

 

Aline Fernandes França, Larissa Nicolosi e Agência Prattica

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