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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Estudantes vencem prêmio nacional de Jornalismo com trabalhos sobre ocupação, transgeneridade e afeto por livros

A comunidade Caximba, de Curitiba, e sua história em uma série de reportagens digitais. A busca da identidade e o reconhecimento de crianças e adolescentes transgêneros em um livro-reportagem. A cartografia afetiva de leitores em relação às suas bibliotecas em outro livro-reportagem. Esses foram os trabalhos de estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) premiados no 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), que ocorreu em Belém (PA), em setembro. Recém-formados, Gustavo Schmid Queiroz, Maria Fernanda Mileski e Bárbara Tanaka tiveram os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) reconhecidos na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) do evento. Os três estudantes foram orientados pelo professor José Carlos Fernandes, do Departamento de Comunicação Social da UFPR.

“Estamos dentro de uma universidade pública e conseguimos posicionar esses temas não só como retorno à sociedade, mas também uma forma de construir um processo de comunicação junto à comunidade”, considera Gustavo Schmid Queiroz, autor do trabalho “Caximba, presente!”, primeiro lugar na categoria “Produção em Jornalismo digital”.

Para autora do trabalho vencedor na categoria “Produção Jornalismo Literário e/ou de Opinião”, um livro-reportagem sobre transgeneridade, Maria Fernanda Mileski, a premiação tem duas representações. “Primeiro, em momentos como o qual estamos vivendo no nosso país, da ascensão de discursos conservadores e discriminatórios sobre as diversidades, representa um reconhecimento da importância do tema: identidade de gênero e transgeneridade. Da mesma forma, é um símbolo da qualidade dos trabalhos produzidos dentro da UFPR”.

Bárbara Tanaka, vencedora na categoria “Edição de Livro”, afirma que mais do que levar o prêmio o interessante é participar e compartilhar a produção da Universidade. “É uma honra representar a UFPR no Congresso e poder levar nossa produção, estar sempre compartilhando e produzindo conhecimento. Acho que é isso que a gente mais precisa hoje no contexto atual em que a educação e a ciência estão ameaçadas”, diz.

História da
Caximba perene

Com a proposta de ter como norteador o jornalismo cidadão, o trabalho “Caximba, presente!” reúne reportagens, perfis de personagens e entrevistas com especialistas. O autor explica que o nome “Caximba, presente!” resgata os movimentos sociais, tratando da maior ocupação do estado do Paraná. “Então existe uma proposta de contar essa história do melhor jeito possível, mas que tivesse uma participação cidadã tão grande que essa história não ficasse nela mesma, que a reportagem fosse algo perene e que tivesse um impacto positivo da política pública”, diz Gustavo Schmid Queiroz.

Clique na imagem e acesse a página do trabalho

Além da produção do conteúdo jornalístico, foram realizadas oficinas de educomunicação em parceria com o Núcleo Comunicação e Educação Popular (NCEP) da UFPR. O trabalho também foi publicado no Plural e ainda envolveu o Ministério Público durante todo o processo e a organização não governamental (ONG) Teto, que contribuiu com a inserção na comunidade.

Transgeneridade
para além do porta-retrato

Clique na imagem e acesso o livro-reportagem

“A criança do porta-retrato: um livro-reportagem sobre a busca da identidade e o reconhecimento de crianças e adolescentes transgêneros”. Esse o título do livro-reportagem digital assinado pela jornalista recém-formada pela UFPR Maria Fernanda Mileski. O tema é abordado com depoimentos de pais e responsáveis por crianças ou adolescentes transgêneros e de pessoas transgêneras, além de reportagens.

“Busquei conceituar a transgeneridade, mostrar como o tema se impõe na atualidade e o reconhecimento de pessoas transgêneras nos espaços sociais (no caso da criança: nas famílias, na escola)”, conta Maria Fernanda. Além disso, são discutidas no livro a transição, o bloqueio hormonal e os debates que cercam o reconhecimento de pessoas transgêneras.

Páginas de afeto
em caixinha

Livro-reportagem de Bárbara Tanaka venceu na categoria “Edição de livro”. Foto: Divulgação

Um livro costurado artesanalmente e um envelope com cartões-postais dentro de uma caixinha. Assim ganha forma o trabalho “Lombada a desbotar pela luz: o livro como cartografia de afetos”. O livro-reportagem que também é livro-objeto traz histórias de leitores e suas bibliotecas por meio de reportagem, depoimento, perfil, galeria de fotografias, entrevista e crônica.

A autora Bárbara Tanaka conta que o título vem do universo dos sebos. “A gente vai vasculhando livros naquelas estantes antigas e cheias de pó e a lombada do livro fica desgastada pela luz. Eu propus fazer [no trabalho] uma cartografia afetiva dos leitores com relação às suas bibliotecas e às marcas afetivas que esses leitores deixam nos livros”, diz.

Por Chirlei Kohls
Parceria Superintendência de Comunicação e Marketing (Sucom) e Agência Escola de Comunicação Pública e Divulgação Científica e Cultural da UFPR

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