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Equipe de Biologia Sintética da UFPR seleciona novos participantes de diversas áreas do conhecimento

Programar geneticamente uma bactéria para degradar uma das substâncias mais nocivas para o efeito estufa: esse é o objetivo da equipe de Biologia Sintética da UFPR, composta por 19 estudantes da UFPR, da PUCPR e da Universidade Positivo dos cursos de Biologia, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Farmácia, Design e das Pós-graduações em Genética e Bioquímica.

O Noxcycler é um projeto que pretende diagnosticar a presença de nitrato e óxido nítrico no solo, detectando a conversão desses compostos em óxido nitroso (N2O), um dos principais gases do efeito estufa. A ideia é contribuir com a diminuição da emissão de óxido nitroso. Emitido principalmente por fertilizantes químicos na agricultura, o N2O tem um impacto quase 300 vezes maior que o gás carbônico e persiste por 114 anos na atmosfera.

Para dar prosseguimento à iniciativa, a equipe está recrutando novos participantes. Podem fazer parte do grupo estudantes das áreas de biologia, biomedicina, exatas, engenharias, educação, computação, design, comunicação e outras correlatas. Os interessados podem mandar um e-mail para igemufpr@gmail.com, que receberão orientações para participar de uma entrevista com os membros.

De acordo com os estudantes, quem entra no grupo pode fazer uma viagem internacional, obter novos conhecimentos e integrar-se a outros pesquisadores do mundo todo. “É uma oportunidade de contribuir com ideias inteligentes para reduzir os impactos do aquecimento global no meio ambiente”, resume a estudante de Ciências Biológicas Maria Luisa Terribile Budel.

O doutorando em Bioquímica Marcos Andrei de Almeida Barbosa já participou da competição do iGEM pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). “Começamos com três pessoas e no segundo ano tínhamos 16 participantes de Engenharia Química, Design, Informática e Jornalismo”, conta.

Os pesquisadores relatam que a proposta do iGEM é quebrar as barreiras entre as áreas do conhecimento. Além disso, o prêmio é dividido em várias categorias que contemplam áreas como a inserção na sociedade, melhor software e melhor design. Outro destaque é que participantes brasileiros do iGEM tornaram-se empreendedores, criando suas próprias empresas utilizando os conceitos da Biologia Sintética. A UFPR será a quinta instituição brasileira a participar da competição, além da USP, UNESP, UFAM e UFRGS.

Biologia Sintética

Os alunos Manuel Piñero, Fernanda Kashiwagi e Teles Mota apresentaram o projeto NOxcycler no Jamboré Brasuca, um encontro nacional de equipes de Biologia Sintética do Brasil que ocorreu na Escola de Engenharia de Lorena da USP. Foto: Arquivo pessoal

A Biologia Sintética visa criar, controlar e programar comportamentos celulares utilizando conceitos da engenharia. Diferentes conhecimentos das áreas de engenharia elétrica, computação, genética e biologia molecular são aplicados com o objetivo de construir sistemas biológicos que desencadeiam respostas programadas. Sendo assim, a Biologia Sintética pode ser aplicada em diversas áreas de estudo, desde a pesquisa básica até aplicações biotecnológicas avançadas. No futuro, pretende-se construir novos organismos, desenvolver novas características biológicas, ou até mesmo dar condições para um planeta abrigar vida. “Vários artigos científicos relevantes já foram publicados sobre a aplicação da Biologia Sintética em diversas áreas do conhecimento”, revela o mestrando em Bioquímica Teles Mota.

O iGEM

A competição internacional de engenharia de sistemas biológicos existe desde 2003 e é sediada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que anualmente promove o encontro de equipes de universidades de todo o mundo, em que os resultados de seus projetos de Biologia Sintética são apresentados.

O objetivo das equipes é a criação de dispositivos biológicos inovadores que permitam a solução de problemas humanos relevantes, seja na área da saúde, biocombustíveis, preservação ambiental, produção de alimentos, manufaturas ou outros.

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