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Equipe da UFPR faz inventário florestal de bosque urbano em Curitiba

Prédio da Superintendência Regional de Polícia Federal em Curitiba e o bosque estudado pela equipe da UFPR. Imagem: Google Maps
Prédio da Superintendência Regional de Polícia Federal em Curitiba e o bosque estudado pela equipe da UFPR. Imagem: Google Maps

Um projeto em parceria entre a Universidade Federal do Paraná e a Polícia Federal tem o objetivo de conservar uma importante área verde de Curitiba, o bosque situado atrás do prédio da Superintendência Regional de Polícia Federal em Curitiba, no bairro Santa Cândida.

Há cinco anos, uma equipe formada por engenheiros florestais e biológos da UFPR conduz os estudos no local. Carlos Sanquetta, professor do Departamento de Engenharia Florestal e coordenador do projeto, explica que além de identificar as espécies nativas, o projeto quantifica o estoque de carbono contido na floresta para saber o quanto ela consegue captar de CO2 da atmosfera e reduzir o efeito estufa. “Vimos que, mesmo sendo relativamente pequeno, esse bosque possui alta diversidade de espécies e sequestra grande quantidade de carbono, aliviando a contaminação atmosférica por veículos e indústrias”, diz.

O bosque faz parte de uma rede de áreas que são monitoradas em todo o Brasil por cientistas, que avaliam a biodiversidade da fauna e flora e as interações ecológicas em longos períodos de tempo. O projeto integra o Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), financiado pelo CNPq.

“O objetivo primordial desse inventário é conservar essa importante área verde de Curitiba, mediante ações científicas e de aproximação da comunidade, incluindo a educação ambiental, tanto aos servidores da Polícia Federal como dos moradores do entorno”, explica o coordenador do projeto.

O estudo deverá ser continuado permanentemente, para acompanhar as variações ao longo do tempo tanto na vegetação como em outros componentes do ecossistema. “O bosque está em crescimento e, por conta disso, sequestra carbono continuamente, mostrando que a floresta não está estagnada”, conta Sanquetta. Florestas nativas que estão estagnadas em termos de crescimento não poderiam ser consideradas “pulmões verdes”. “Mas no caso do bosque da Polícia Federal, esse papel de filtro ambiental se aplica.”

É muito importante preservar bosques urbanos, porque eles “melhoram a qualidade do ar, filtram e purificam as águas, possibilitam a recreação e a contemplação pelo ser humano, aliviando o stress e a ansiedade que nos afligem, além de fornecer sombra, alívio à poluição visual e sonora, e bem estar de uma forma mais ampla”, afirma Sanquetta. “As áreas verdes funcionam como um verdadeiro elixir da vida em meio a uma sociedade estressada e ansiosa”, destacou.

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