O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, visitou na manhã desta terça-feira (12) a Reitoria da UFPR, em Curitiba, para uma conversa com foco na aproximação da universidade com as instituições de ensino e pesquisa israelenses. A ideia é viabilizar acordos de cooperação com as universidades de Israel, que mantêm projetos de destaque em áreas como física, matemática, química, ciência da computação, economia, engenharia, ciências sociais e educação.
Umas das possibilidades para estreitar laços é a participação da UFPR em uma visita técnica às instituições israelenses que pode ocorrer ainda neste ano, em uma comitiva com representantes de universidades da América Latina.
O reitor Ricardo Marcelo Fonseca ressaltou que a UFPR tem interesse em institucionalizar parcerias científicas que hoje ocorrem informalmente com pesquisadores de Israel. A oficialização de um acordo internacional com o país do Oriente Médio seria inédita para a universidade. “A visita é um excelente ponto de partida para começar a aproximação”, disse.
O comentário foi reforçado pelo diretor da Agência UFPR Internacional (AUI), professor André Duarte, para quem os programas de pós-graduação e pesquisa da UFPR encontrariam “pontos fáceis de conexão” com as universidades de Israel. Nos próximos meses, a agência deve mapear as áreas de conhecimento estratégicas para essa aproximação.
Além da possibilidade de intercâmbio e cooperação de pesquisadores, Shelley, que exerce o cargo desde 2017, sugeriu ainda que as universidades israelenses poderiam oferecer cursos formativos nas áreas em que têm expertise. Atualmente, as oito principais universidades israelenses são públicas.
Educação
Em um exemplo da cooperação esporádica entre a UFPR e universidades israelenses, que se pretende consolidar, o professor Marcus Levy Bencostta, do Setor de Educação, já ofereceu disciplinas nas universidades de Tel Aviv e Hebraica de Jerusalém, como professor e pesquisador visitante, entre 2011 e 2015.
Pelo conhecimento que tem das instituições, Bencostta enxerga em um convênio com universidades israelenses boas oportunidades para pesquisadores da Educação nos temas educação infantil e história da educação, por exemplo. “Seria muito relevante que essas experiências fragmentadas fossem consolidadas”, avaliou.