O pesquisador Fernando de Souza Fonseca Guimarães, da University of Queensland, Austrália, está na Universidade Federal do Paraná neste mês de julho, em colaboração com o Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular (PPG-BioCelMol). A visita faz parte do Programa de Internacionalização Capes/PrInt UFPR.
Nas últimas semanas, Guimarães – egresso da UFPR – ministrou duas disciplinas sobre as aplicações da imunoterapia no câncer, com aulas teóricas, práticas e experimentos. A imunoterapia estuda mecanismos e substâncias que auxiliam o sistema imune a combater tumores, que podem vir de plantas, bactérias ou substâncias sintéticas.
Fernando (ao centro) com estudantes e professores da Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Foto: arquivo pessoal
Fernando explica que, no Brasil, a biodiversidade pode ser uma aliada para a evolução dos estudos imunoterápicos. “Aqui no país há um potencial incrível. Compostos de plantas podem ativar a célula de uma maneira que ninguém ainda descobriu”. De acordo com o pesquisador, tais descobertas podem viabilizar a criação de patentes comerciais, e assim, despertar interesse comercial.
Entre os dias 17 e 19 de julho, o pesquisador fará um curso de desenvolvimento profissional para cientistas que desejam seguir carreira no exterior.
As pesquisas de Fernando visam identificar mecanismos que podem estimular o sistema imunológico do corpo a vencer o câncer. Foto: Aspec Bio
Trajetória iniciada na UFPR
Fernando é egresso do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFPR e do mestrado pelo PPG-BioCelMol. Porém, toda essa trajetória poderia ter sido diferente, pois seus pais não concordavam com a ideia de estudar Biologia. Ele chegou a se inscrever no vestibular para Direito, mas, após orientação da irmã, mudou o curso antes da prova. “Eu pensei: se eu fizer o que eu gosto e com paixão, serei bem-sucedido”, relata.
Na graduação, a atração pelos processos químicos das células o levou a fazer estágio no Departamento de Biologia Celular, sob a orientação da professora Dorly de Freitas Buchi. O esforço na iniciação científica lhe rendeu um artigo em revista internacional. O mestrado teve a orientação do professor Edvaldo da Silva Trindade.
Estudantes de pós-graduação aprenderam técnicas utilizadas por Fernando na Austrália na disciplina “Imunologia Inata e Imunoterapia no Câncer”. Foto: Aspec Bio
Guimarães foi o primeiro sul-americano a ser selecionado para o doutorado em Biomedicina e Ciências da Vida, no Instituto Pasteur, em Paris. Logo depois, começou estágio pós-doutoral na Austrália, durante seis anos, e neste ano passou a liderar seu próprio laboratório em Queensland.
Fernando conta que em sua estadia pretende não apenas transmitir o conhecimento sobre a imunoterapia, mas para também mostrar que é possível ser um cientista profissional bem-sucedido. “É preciso ser motivado, apaixonado pelo que faz e ter iniciativa. Não é fácil, mas o que importa é a dedicação que você tem com o que você gosta”, conclui.
Por João Cubas.
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