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Duas obras da Editora UFPR são indicadas ao Prêmio Jabuti

Gilberto de Castro explica que as indicações fortalecem o nome da editora. Imagem: Marcos Solivan

Depois de levar o troféu de melhor obra na categoria Psicologia e Psicanálise, no ano passado, – com “Psiquismo e Vida”, de Eduardo Ribeiro da Fonseca – neste ano a Editora UFPR foi mais uma vez indicada ao Prêmio Jabuti. A mais importante premiação literária nacional está em sua 56ª edição e, desta vez, foram indicados os livros “Jornalismo Cultural e Crítica: A Literatura Brasileira no Suplemento Mais!”, de Marcelo Lima, e “A Anatomia da Melancolia”, de Robert Burton, com tradução de Guilherme Gontijo Flores, ambos publicados em 2013, nas categorias Comunicação e Tradução, respectivamente.

O diretor da Editora UFPR, Gilberto de Castro, explica que foi a sua equipe que selecionou as obras a serem inscritas – em alguns outros prêmios, como o Troféu APCA, por exemplo, são críticos e especialistas da área os responsáveis por escolherem os indicados. “É um misto de intuição e conhecimento da qualidade do material publicado”, explica. “Nós sabíamos que eles tinham potencial para concorrer”.

Para Castro, este reconhecimento fortalece o nome da editora, especialmente pela repercussão midiática que o prêmio proporciona. “No Brasil, o Jabuti é o mais popular ligado ao livro. E as pessoas só compram livro quando elas conhecem”, pondera. Além disso, ele acredita que isso é uma demonstração do potencial da instituição. “São muitos inscritos e quando você ganha um [Jabuti], significa que você respondendo à qualidade exigida pelo mercado.”

Os nomes dos três vencedores em cada categoria serão divulgados na próxima quinta-feira, dia 16. A solenidade de entrega dos troféus acontece no Auditório Ibirapuera, no dia 18 de novembro. Neste dia, também serão revelados vencedores do Livro do Ano – Ficção e Livro do Ano – não Ficção.

Conheça os indicados

Jornalismo Cultural e Crítica: A Literatura Brasileira no Suplemento Mais!
Autor: Marcelo Lima
Publicado de 1992 a 2010, o caderno “Mais!”, do jornal “Folha de S. Paulo”, foi um dos principais suplementos de divulgação da literatura no país nas últimas décadas. Por ele passaram os principais nomes da produção nacional e internacional, sendo uma forte referência no jornalismo cultural brasileiro. Originalmente uma pesquisa de doutorado, este livro procura entender como o suplemento enfocou a literatura brasileira nos anos 1990 e início dos anos 2000. A partir da leitura dos suplementos, o autor localiza a permanência de escritores e críticos ligados à tradição modernista nas páginas do jornal, em detrimento da exposição dos nomes que formam a produção mais recente. Embora a recente produção crítica seja influenciada por discursos que privilegiam os elementos sociais e políticos da produção artística, a produção veiculada no “Mais!” manteve-se fiel a uma tradição crítica formada em São Paulo. Assim, o suplemento leu a literatura brasileira com base em valores defendidos por esse tipo de crítica, o que resulta numa visão que reafirma valores do cânone nacional e se fecha para as novas abordagens.

A Anatomia da Melancolia
Autor: Robert Burton
Tradução: Guilherme Gontijo Flores
Precedido do “Tratado da melancolia” (1586) de Timothy Bright, médico diplomado por Cambridge, Inglaterra, em 1579, que influenciou Burton, “A anatomia da melancolia” é uma obra renascentista com alguma influência do pensamento medieval. Nessa linha, surge a concepção hegemônica da Idade Média, em que o humano, visto como criatura de Deus, feito à sua imagem e semelhança, é, no entanto, sujeito ao pecado, à queda, ao apequenamento essencial do ser. Dentro de tal contexto, o autor define a melancolia como “um tipo de loucura sem febre, tendo como companheiros o temor e a tristeza, sem nenhuma razão aparente”. A partir daí, um novo sentimento é incluído: o ódio, juntamente com a crueldade. Além disso, a melancolia é vista por Burton, ele mesmo um confesso melancólico, como mania. Enfim, quanto à função do texto, Burton consegue captar a atenção do leitor com uma escrita refinada, ao mesmo tempo em que guarda algo de um sabor oral, até popular.

Por Jéssica Maes

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