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Distanciamento social pode conter Coronavírus, alerta cientista da UFPR

O termo pode parecer ríspido, mas tem uma importância cada vez maior no combate ao Coronavírus: o distanciamento social – necessidade de restringir a circulação e o contato com as pessoas – pode salvar vidas. De acordo com o professor Emanuel Maltempi de Souza, do Departamento  de Bioquímica e Biologia Molecular, esta medida pode conter um espalhamento rápido do SARS-CO2 e evitar que atinja os públicos mais vulneráveis.

Maltempi preside a comissão de especialistas da UFPR constituída para orientar e propor medidas práticas de enfrentamento ao Coronavírus, além de acompanhar o contexto local e global da doença. Além dele, o grupo também é formado por infectologistas, especialistas em saúde comunitária e ocupacional e em comunicação.

Professor Emanuel Maltempi recomenda distanciamento social como medida preventiva (Foto: Marcos Solivan/SUCOM)

Para ele, a questão do distanciamento social é chave para minimizar os efeitos do vírus. Isso porque, quanto menos as pessoas circularem, menos chance elas terão de se contaminarem ou ainda de espalharem o vírus. O professor lembra que há doentes que não manifestam os sintomas, mas que podem disseminar o vírus. “A melhor resposta é diminuir o contato com as pessoas, é isso que vai diminuir a taxa de transmissibilidade”. A orientação é que, quando necessário sair de casa, mantenha-se a distância de pelo menos 1,5 metros de quem estiver ao redor.

Segundo o professor, cuidados cotidianos, como o uso do álcool em gel e o hábito de lavar as mãos com frequência são importantes, mas o distanciamento é mais efetivo neste momento. Esse foi um dos argumentos que reforçou a necessidade de suspensão das aulas por 14 dias, inicialmente, na UFPR. Como as salas de aulas e os campi, em geral, são espaços de aglomeração, a medida é preventiva. “Nós preferimos assumir esse posicionamento cauteloso do que esperar”, comenta. Por isso, a UFPR alerta para que a comunidade universitária só circule em lugares estritamente necessários, mantendo a distância segura de 1,5 metros.

Há um outro fator envolvido na adoção desse tipo de medida: como os testes de confirmação da COVID-19 demoram a ter resultado e não são feitos com todos os pacientes, muitas vezes é impossível saber se se está ou não em contato com alguém doente. Evitar lugares de aglomeração ou reduzir drasticamente a circulação é uma medida que também contribui diante desse tipo de incerteza.

O pesquisador lembra, ainda, que a opção pelo distanciamento não é apenas um autocuidado – já que para pessoas que não constituem um grupo de risco podem ter sintomas similares a de outras gripes -, mas uma preocupação com o outro, especialmente com os idosos, que têm a maior taxa de letalidade até aqui. “Do ponto de vista individual, o Coronavírus não tem gravidade, mas do ponto de vista epidemiológico ele tem um potencial devastador, pois afeta os sistemas de saúde e não temos leitos para tanta demanda”, alerta.

Saiba tudo sobre as ações da UFPR relacionadas ao Coronavírus

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