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Diretor artístico da Filarmônica da UFPR representa América do Sul em projeto internacional

O diretor artístico da Orquestra Filarmônica da Universidade Federal do Paraná, Harry Crowl, foi escolhido para ser o representante da América do Sul em um projeto internacional para a composição de uma obra sobre a pandemia do novo coronavírus. O convite foi do diretor musical de Universidade de Tübingen, na Alemanha, Philipp Amelung, que reuniu outros cinco compositores da Ásia, Europa, África, América do Norte e Oceania para fazer um trabalho inspirado no “Requiém da Reconciliação”, executado em 1996. 

O “Requiém da Reconciliação” foi um projeto colaborativo em memória dos 50 anos do final da Segunda Guerra Mundial, e reuniu compositores dos países envolvidos no conflito. A obra inspirou o regente alemão, que convidou compositores dos continentes atingidos pela pandemia e, a partir de um motivo musical de cinco notas, solicitou peças nos idiomas nativos dos músicos. Amelung fez o convite ao diretor da filarmônica por e-mail, após encontrar sua obra nas plataformas digitais. 

Composição envolve versos de poetisa brasileira e trechos extraídos da imprensa (Fotos: Sandro Luís Fernandes)

A obra será executada na ordem de disseminação da pandemia – começando pela China, passando pela Europa, América do Norte, América do Sul, África e Oceania. Além do Brasil, compositores da China, da França, dos Estados Unidos, do Gabão e da Austrália fazem parte do projeto, que será exibido no dia 15 de novembro, com o título ” Shadow and Hope”, que em português significa “Sombra e Esperança”. 

Para ele, a suspensão dos espetáculos musicais e da agenda da orquestra no Brasil impõe novos desafios, aumentando a importância das plataformas digitais, inclusive para viabilizar convites como os que recebeu da Alemanha. “Profissionalmente é uma oportunidade muito importante”, comenta. O artista deve prestigiar a estreia do espetáculo que ajudou a conceber. 

O diretor artístico da Filarmônica conta que seu trabalho é um quarteto de cordas com coro, dentro de uma cantata. Acostumado a se isolar para compor, Harry extraiu de trechos de textos que circularam na imprensa e de falas do presidente Jair Bolsonaro os versos da sua composição. Além disso, também viu a chance de reverenciar uma poetisa brasileira pouco conhecida, cuja história dramática o surpreendeu, Laura Brandão (1891-1942). No poema “Céu”, viu uma conexão entre as dores da artista e o momento presente. 

O trabalho de Harry, uma partitura que será executada em português pelos músicos do coro e quarteto de cordas alemães,  terá cerca de 15 minutos e nasce alinhado à trajetória artística do compositor, que recorrentemente investe em temáticas sociais para se expressar. “Sempre fui muito envolvido artisticamente com grandes questões atuais e polêmicas, como o assassinato da vereadora Marielle Franco e o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Creio que chegaram ao meu nome também por isso”, conta. 

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