Os graduandos do curso de Fisioterapia da UFPR terão agora a possibilidade de fazer o estágio curricular — que é obrigatório para a profissão — no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo II (Cindacta II), da Aeronáutica, localizado no bairro Bacacheri, em Curitiba. Na última quarta-feira (6) foi oficializado o convênio de concessão de estágio entre a UFPR e a Organização de Saúde da Aeronáutica (OSA), no Cindacta, durante uma reunião que teve a participação da vice-reitora Graciela de Muniz e do major Vicente Cordeiro Netto, do Esquadrão de Saúde de Curitiba (ES-CT).
A coordenadora do curso de Fisioterapia, Ana Márcia Delattre Zocolotti, conta que a ideia foi levada à Aeronáutica há dois anos, quando o diálogo para o acordo começou. Segundo ela, a consolidação do convênio aumenta as perspectivas para a experiência dos graduandos, que buscam, durante o curso, uma formação ampla.
Segundo as regras do estágio supervisionado no curso, um dos objetivos é proporcionar vivência nos diferentes níveis de complexidade de atenção integral à saúde humana. “Essa parceria vai ampliar o campo de atuação do nosso estudante, que vai ter a oportunidade de aprender com os oficiais”, avalia.
Em 2019, seis alunos do curso farão o estágio no Cindacta II. De acordo com a vice-coordenadora do curso, Talita Gianello Gnoato Zotz, a expectativa é que o número seja ampliado no ano que vem. No curso, o estágio obrigatório deve ser realizado nos dois últimos semestres (o 7.º e o 8.º). O convênio terá validade de um ano a partir da data de publicação no Diário Oficial da União.
Ensinar e aprender
A vice-reitora Graciela de Muniz salientou que o convênio, que é inédito entre as instituições, pode vir a oferecer outras oportunidades de aproximação com a Aeronáutica para a viabilização de estágios supervisionados. Uma possibilidade já destacada é com o curso de Odontologia. “Essas parcerias são fundamentais para a formação de recursos humanos e principalmente, para a integração com a sociedade e para que formemos nossos profissionais para isso”.
O major Vicente Cordeiro Netto lembra que a aproximação com a UFPR é uma novidade para a guarnição, que tradicionalmente está voltada para um dia a dia operacional. Ele afirma, porém, que a perspectiva de convivência com estudantes é positiva.
“A aproximação com a academia terá grande impacto na qualidade de ensino e do atendimento”, acredita. “Afinal de contas, uma vez se disse que a gente aprende muito quando ensina. Espero que nossa equipe de fisioterapeutas possa fazer um bom trabalho ensinando e aprendendo com os alunos da UFPR”.