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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Conselho Universitário se reúne pela primeira vez após a desocupação da Reitoria

Durante a reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (Coun), nesta quinta-feira (24), o reitor Zaki Akel Sobrinho afirmou que a administração da UFPR vai determinar a apuração dos acontecimentos da invasão ao prédio da Reitoria, que foi ocupada por 17 dias, para responsabilizar possíveis culpados pelos prejuízos causados à Universidade.

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Ele lembrou que em reunião anterior do Coun, foi feita uma moção de apoio e reconhecimento à greve das três categorias (docentes, técnico-administrativos e estudantes), com apelo à moderação e civilidade em todas as manifestações. O reitor fez uma reflexão do quanto a Universidade já cresceu em greves anteriores, em que foram estabelecidas pautas, que foram trabalhadas com as três categorias e resultaram em avanços. “Não vemos a greve necessariamente como um momento de conflito e de ataque às instituições. Como dirigentes já enfrentamos greves, e sempre saímos melhores, com conquistas institucionais”, afirmou.

O reitor elencou melhorias conquistadas após o trabalho conjunto sobre pautas trazidas pelas categorias durante paralisações, como, por exemplo, o funcionamento dos restaurantes universitários de segunda a segunda e a introdução do café da manha, pautas trazidas pelo movimento estudantil; a adoção da flexibilização da jornada de trabalho, decorrente de pauta discutida durante greve de servidores; e a questão do limite de doze horas e da progressão automática para os docentes.

Akel Sobrinho informou que a UFPR obteve na justiça a reintegração de posse do Restaurante Universitário Central, ocupado pelo Sinditest desde 09 de junho. A Justiça determinou a desocupação do espaço em 72 horas, contadas a partir do dia 23, sob pena de multa de R$ 14.652,92 por dia de descumprimento à determinação. (saiba mais sobre a decisão judicial)

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O reitor relatou a invasão ao prédio da Reitoria, violenta, sem precedentes e injustificada, pois aconteceu no momento em que a comissão de negociação estava em reunião com o comando de greve dos estudantes no Prédio Histórico. “Estávamos negociando, portanto, não havia a menor necessidade de invasão”, disse. “Uma coisa são atos políticos, que compreendemos nesta dimensão. Outra são agressões institucionais, que não toleraremos.”

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A administração ainda está apurando os prejuízos institucionais, como contas que deixaram de ser pagas e bolsas e salários de funcionários terceirizados que não puderam ser repassados. O reitor enfatizou que, a despeito de um severo ajuste fiscal que a Universidade está enfrentando, a administração da Universidade vem mantendo seus compromissos, dentro de uma faixa de atraso permitida e prevista na lei de licitações e contratos públicos.

“Nós temos até 90 dias de atraso para manter o pagamento de todas as empresas terceirizadas”, explicou. “Com os cortes no orçamento, vínhamos tomando decisões difíceis, que atrasaram fornecedores, empreiteiras, energia, telefonia, e diversos compromissos da Universidade, mas sempre preservando as bolsas. Não tínhamos tido nenhum atraso de pagamento, não tínhamos tido nenhuma interrupção de pagamento das empresas terceirizadas para seus funcionários este ano. Nós estávamos, sim, com atrasos de até 60 dias por empresas fornecedoras de mão-de-obra – dentro do que está previsto em contrato”, esclareceu o reitor, que ressaltou que não houve interrupção de atendimento à comunidade universitária.

No mesmo dia da desocupação, que foi feita no dia 17 de setembro, às 9 horas, as negociações com os estudantes já foram retomadas, em reunião às 16 horas do mesmo dia com representantes dos estudantes.

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Negociações com estudantes foram retomadas no mesmo dia da desocupação.

Nesta sexta-feira (25), o CEPE deliberará sobre os calendários de reposição de aulas de acordo com a situação de cada curso. A Prograd elaborou proposta de calendários de reposição, que será avaliada para que a greve tenha o mínimo impacto sobre a formação acadêmica dos estudantes.

 

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Pagamento de bolsas estudantis e outros compromissos financeiros da UFPR são prejudicados pela invasão

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