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Conselho Universitário aprova concessão de títulos de Professor Emérito e Doutor Honoris Causa

O Conselho Universitário da UFPR aprovou na sessão de quinta-feira (21) a concessão de títulos de Professor Emérito da UFPR e de Doutor Honoris Causa. As indicações foram aprovadas por unanimidade.

Os docentes aposentados Antonio Salvio Mangrich, do Setor de Ciências Exatas; Fábio de Oliveira Pedrosa, do Setor de Ciências Biológicas; e Sebastião Amaral Machado, do Setor de Ciências Agrárias, receberão o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Paraná.

O título de Doutor Honoris Causa será entregue ao professor de Ciências Jurídicas, Carlos María Cárcova, da Universidade de Buenos Aires.

Saiba mais sobre a trajetória e o currículo dos professores abaixo:

Prof. Antonio Mangrich. Foto: Samira C. Neves.

Antonio Salvio Mangrich

Indicado pela Direção do Setor de Ciências Exatas em 2017, o professor Antonio Salvio Mangrich , pesquisador 1A do CNPq desde 2005, é formado em Tecnologia em Química pelo Instituto Militar de Engenharia do Rio de Janeiro em 1960 e graduado em Licenciatura e Bacharelado em Química pela UERJ em 1970. Em 1974, concluiu o mestrado e, em 1983, o doutorado pela UFRJ, onde ocupou o cargo de vice-diretor do Instituto de Química.

O parecer da comissão, formada pelos professores Amadeu Bona Filho, Eva Cristina Rodrigues Aelar Dalmolin e Altair Pivovar, afirma que Mangrich foi transferido para o Departamento de Química da UFPR em 1988 e que o docente foi um dos criadores do Programa de Pós-Graduação em Química, hoje com conceito 7 na CAPES.

“Antonio Salvio Mangrich presidiu a Sociedade Brasileira de Química no período de 2006 a 2008. Foi coordenador do comitê de Química da Fundação Araucária do Estado do Paraná e membro do Comitê de Química da CAPES. Pertence também ao Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energia e Ambiente (INCT E&A) e em 2017 foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências”, diz o parecer.

O professor Alexandre Trovon afirma no processo que Mangrich contribui significativamente para o crescimento do programa de pós-graduação. “Em face da trajetória acadêmico-científica (…), e sua relevante contribuição para a UFPR, sou de parecer favorável à proposta de concessão do título de “Professor Emérito” ao Prof. Antonio Salvio Mangrich (…)”.

Fábio de Oliveira Pedrosa

Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1969), Mestre em Ciências (Bioquímica) pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 1973) e Doutor (PhD) em Bioquímica pela Graduate School of Medical Sciences da Cornell University, Nova York, EUA (1977), o pesquisador Fábio de Oliveira Pedrosa é professor da UFPR desde 1971. Pós-doutorado em Fisiologia da Fixação Biológica de Nitrogênio na Unidade de Fixação de Nitrogênio da Universidade de Sussex (01/1982 a 12/1983), Pedrosa atuou no Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular desde o início da carreira no ensino de graduação e pós-graduação e, mesmo após a aposentadoria, permanece em atividade.

Professor Fábio de Oliveira Pedrosa. Foto: Nicolle Schumacher.

Pedrosa lidera o Núcleo de Fixação Biológica de Nitrogênio da UFPR e também é coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Fixação Biológica de Nitrogênio. Apontado como autor e co-autor de mais de 170 trabalhos, o docente coordenou diversos projetos em rede permitindo a aquisição e renovação de diferentes equipamentos para laboratórios de pesquisa da Universidade, afirma o ofício de indicação ao título de professor emérito, elaborado pela professora Leda S. Chubatsu.

Pesquisador 1-A do CNPq, Fábio de Oliveira Pedrosa é reconhecido em todo o Brasil e internacionalmente pelas pesquisas na área de fixação de nitrogênio. O trabalho no Núcleo começou em 1984, após retornar do pós-doutorado na Inglaterra e, desde então, leva tecnologia para a agricultura brasileira.

Sebastião do Amaral Machado

O professor Sebastião do Amaral Machado foi indicado ao título de Professor Emérito da UFPR pelo professor Flávio Zanette. O parecer da Comissão Especial, formada pelos docentes Lígia Negri, Adilar Antonio Cigolini e Eduardo Salamuni aponta que o professor Machado possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1965), mestrado em Dasometria, Mensuração Florestal pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas da OEA (1972), doutorado em Biometria e Manejo Florestal pela Universidade de Washington, em Seattle, Washington EUA (1978) e pós-doutorado em Biometria e Manejo Florestal pela Universidade da Georgia, EUA (1992-1993).

Prof. Sebastião do Amaral Machado. Foto: Samira Chami Neves.

Professor da Universidade Federal do Paraná desde 1967 e pesquisador 1-A do CNPq, Machado possui uma grande quantidade de produções. “Entre 1973 e 2017 publicou mais de 170 artigos completos em revistas renomadas nacionais e internacionais, orientou 115 dissertações de mestrado e 64 teses de doutorados. Esses dados exemplificam sua participação inequívoca na produção científica, com impacto e reconhecimento nacional e internacional, elevando o nome da Universidade Federal do Paraná”, afirma o parecer.

“A análise de sua trajetória e contribuição científica mostra um vasto currículo na sua área de conhecimento. É pesquisador renomado e reconhecido por seus pares e pela comunidade científica e é professor aposentado atuando como sênior na Pós-graduação de Engenharia Florestal há 20 (vinte) anos, onde continua com intensa produção”, completa a comissão.

Carlos María Cárcova

Indicado ao título de Doutor Honoris Causa da UFPR pelos professores Katya Kozicki e Celso Luiz Ludwig, o professor Carlos María Cárcova nasceu em Buenos Aireis (AR) em 1941. Graduado em Direito em 1967, tornou-se assistente da Cátedra de Filosofia do Direito (1968), professor adjunto (1973), doutor em Direito (1997), professor titular (1998), doutor do Instituto de Investigaciones Ambrosio L. Gioja (2002) e professor Emérito da Universidade de Buenos Aires (2011).

O memorial elaborado pelos professores Katya e Celso afirma que “a educação tem sido um interesse permanente na trajetória de Cárcova” e que o docente “resistiu à ditadura, dedicando-se à defesa de presos políticos”. Durante o exílio, foi acolhido em São Paulo em 1977 e retornou à Universidade de Buenos Aires em 1984, com a redemocratização.

“A coerência entre sua atividade profissional como advogado, seu compromisso político e sua postura teórico define a personalidade de Cárcova. No movimento estudantil ou nas associações profissionais, sempre defendeu o Estado de Direito, a luta pelos direitos humanos, a recuperação e ampliação do modelo democrático”, diz o memorial.

E continua “(…) merece destaque o forte vínculo – sempre renovado – que Cárcova manteve com inúmeras universidades brasileiras. Entre 1976 e 1977, quando as difíceis circunstâncias políticas que se viviam na Argentina o levaram a São Paulo, iniciou uma atividade acadêmica que foi crescendo e prossegue até os dias de hoje”. O docente foi professor dos cursos de graduação, mestrado e doutorado, conferencista e examinador em bancas e comissão em diversas instituições e, de acordo com o memorial, mantém especial proximidade com a Universidade Federal do Paraná.

Professor Carlos Maria Cárcova. Retirada de: https://iurisdictio-lexmalacitana.blogspot.com/2017/07/universidad-abierta-interamericana.html

“Na UFPR, proferiu aulas inaugurais e conferências em inúmeros eventos (…) ministrou disciplinas no PPGDireito, na condição de professor visitante, foi examinador de defesas de doutorado, desenvolveu atividades de pesquisa interinstitucionais e integra o conselho da Revista da Faculdade de Direito da UFPR”.

Com uma extensa obra, Cárcova “é um jurista e filósofo crítico que, como tal, faz da teoria uma prática e da docência um compromisso intelectual, ético e político, como professor, autor e pensador engajado com seu tempo”, conclui o memorial.

A diretora do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR, Vera Karam de Chueri, reiterou no processo de concessão do título que a “contribuição como professor visitante do Programa de Pós-Graduação em Direito, sua estada e permanência nesta oportunidade na UFPR, seu vínculo e colaboração até os dias atuais com os Núcleos de Pesquisa de Filosofia do Direito e Direito e Psicanálise, em vista do seu reconhecimento nas Américas e Europa como pesquisador, têm sido cruciais para o nosso processo de internacionalização e reconhecimento internacional”.

“Trata-se, como se pode perceber, de um jurista de estatura intelectual internacional, um dos mais conhecidos e respeitados filósofos do direito na América Latina, de forma que, conferir-lhe o título de Doutor Honoris Causa pela UFPR será o selo e o reconhecimento de uma generosa colaboração científica de excelência e, ainda, motivo de orgulho para a UFPR”, finaliza a docente

Professor Emérito

O título de Professor Emérito é concedido àqueles pesquisadores que, na sua atuação profissional, contribuíram decisivamente para construção do conhecimento na sua respectiva área. É uma forma de reconhecimento dos seus pares ao esforço e dedicação contínua de uma trajetória que vai além da atividade docente, mas que também a engloba.

Doutor Honoris Causa

O título de Doutor Honoris Causa é a distinção máxima outorgada por uma universidade a pessoas destacadas por seu prestígio social ou reconhecida contribuição científica, intelectual, acadêmica, cultural ou artística.

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