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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Auxílios para estudantes estimulam permanência na UFPR

Permanência: incentivos e projetos estimulam acadêmicos a não desistirem dos cursos (Foto: Samira Chami Neves/Sucom)

Para minimizar as dificuldades dos alunos em permanecer na universidade, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) oferece projetos de acolhimento, programas de apoio financeiro e tem estratégias diferenciadas de ingresso. O Programa de Ocupação de Vagas Remanescentes (Provar), que permite a troca de cursos e habilitações e busca preencher as vagas em períodos avançados, provenientes das desistências, é um dos exemplos. As ações minimizam o impacto de vagas ociosas e asseguram que os estudantes da graduação não abandonem o sonho de frequentar uma instituição de qualidade.

O curso de Matemática, por exemplo, tem um processo de seleção estendido que é considerado modelo. O PSE consiste na oferta do dobro das vagas previstas em edital – ao invés de 44 acadêmicos, por turno, entram 88. Estes acadêmicos têm um contato intenso com o curso e com as disciplinas fundamentais para a Matemática, como Cálculo e resolução de problemas.

A professora Elisângela de Campos, coordenadora do curso, explica que o modelo tem sido bem sucedido em evitar o abandono, assim como os jubilamentos, já que a experiência inicial é uma forma de colocar o aluno em contato com a Matemática antes de ele ser oficialmente acadêmico da UFPR.

“Em Cálculo, por exemplo, que é uma disciplina que costuma ter um alto índice de reprovação, nós praticamente não temos, porque os alunos já entram com uma base”, comenta. As reprovações são consideradas, muitas vezes, causas das desistências e abandono de vagas.

Este ano, o ciclo do PSE terminou com 25 alunos matriculados no curso da tarde e 32 à noite. Foram efetivados os alunos aprovado nas disciplinas do primeiro semestre que estavam entre os 44 primeiros colocados dentro de seu turno. Os demais, muitas vezes, ingressam no ano seguinte ou acabam sendo aprovados para o ingresso em outro curso, quase sempre na área das Ciências Exatas.

A UFPR é uma das 28 instituições do Estado que oferecem o curso de Matemática na modalidade presencial, reforçando o papel das instituições públicas em suprirem demandas da sociedade em áreas básicas. No Brasil, a evasão no ensino superior presencial ainda é maior nas instituições privadas do que nas públicas – segundo o Censo de 2017, os índices são de 28,5% e 18,6%, respectivamente.

Acolhimento e benefícios também são decisivos

Na UFPR o projeto de extensão da UFPR PermaneSendo, do curso de Psicologia também tem contribuído para os alunos não desistirem de enfrentar o desafio da formação superior. Segundo a coordenadora, professora Roberta Sant’anna Kafrouni, do Departamento de Psicologia, que assumiu o projeto em 2016, a proposta sempre foi buscar estratégias para estimular a permanência dos alunos na universidade.

Para tanto, uma rede de estudantes acolhem colegas que relatam suas dificuldades, inquietações e trocam conhecimentos sobre como lidar com problemas comuns a eles. Além dos plantões, oferecidos nos centros e em eventos específicos, o grupo também oferece rodas de conversa ao longo do ano. “Nós não temos um objetivo clínico, de ação terapêutica, mas estamos lá para ajudar com as dificuldades do cotidiano da universidade, buscando estratégias conjuntas com o próprio acadêmico”.

Como o projeto é colaborativo, a proposta é criar canais de contato para estimular que os estudantes que enfrentam alguma dificuldade, como adaptação à nova rotina, por exemplo, cheguem até o projeto. “Há mais dificuldade dos anos iniciais, quando muitos estão mudando de cidade e construindo novas relações sociais”, comenta Roberta. Na página do programa no Facebook é possível ter mais informações sobre as suas ações.

Além das práticas de acolhimento, a UFPR também mantém, na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, o Probem, criado para apoiar os estudantes com fragilidade socioeconômica que precisam de auxílio financeiro para se manter no curso.

A partir do critério de vulnerabilidade, a universidade oferece o auxílio permanência, no valor de R$ 400, o auxílio refeição, que prevê gratuidade nos restaurante universitários, o auxílio moradia, de R$ 275 e, ainda, para as estudantes mães, o auxílio creche, de R$ 200. De acordo com o coordenador de assistência estudantil, Fernando Surek Leal, a medida tenta oferecer benefícios para que a evasão não seja uma opção para os estudantes.

Outra estratégia da UFPR para minimizar os efeitos do abandono é o Processo de Ocupação de Vagas Remanescentes (Provar), criado em 2006, para ocupar as vagas remanescentes de graduação. O processo, que ocorre pelo menos uma vez por ano, sempre no segundo semestre, tem editais tanto para transferências internas, como externas e retorno de egressos. Em 2017, por exemplo, 759 vagas foram ocupadas pelos editais do Provar.

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