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FEDERAL DO PARANÁ

Centro de Computação Científica e Software Livre desenvolve soluções para instituições públicas e privadas

O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) é um grupo de pesquisa do Departamento de Informática (DInf) da Universidade Federal do Paraná UFPR, criado em 2002. Os membros fazem pesquisas que dialogam com diferentes áreas do conhecimento. Os estudos visam contribuir para aprimorar processos e serviços em empresas, instituições e órgãos públicos.

Formado por 12 professores, o grupo atua nestas frentes de pesquisa: Inteligência Artificial, Banco de Dados, Engenharia de Software, Processamento de Imagens, Segurança Computacional, Robótica, Informática na Educação e Interface Humano-Computador, Redes e Sistemas Distribuídos. 

São seis as linhas de pesquisa ativas – Ciências Forenses Computacionais; Inteligência Artificial Aplicada; Medicina Assistida por Computação Científica; Preservação Digital; Sistemas Computacionais Avançados; Sistemas para Informática na Educação. Todas elas, com projetos em andamento ou já concluídos, com soluções em uso pelas empresas ou órgãos solicitantes, informa a equipe do C3SL.

De acordo com Marcos Castilho, coordenador do grupo e docente do DInf, a tecnologia é um dos pilares do desenvolvimento da sociedade. “Hoje é possível trabalhar com imensas bases de dados. A internet dá acesso imediato a uma quantidade antes inimaginável de informações. Por isso, os sistemas de interesse da sociedade não estão mais limitados aos métodos e áreas tradicionais da informática comercial e empresarial”, avalia.

Integrantes do grupo destacam a escolha de requisitos que facilitam a contratação dos serviços por empresas públicas e privadas, para atividades de pesquisa e desenvolvimento, prototipação de sistemas e programas. Apoio na análise e integração de grandes massas de dados, segurança da informação, conformidade com Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e auditoria de dados são campos nos quais os pesquisadores oferecem contribuições.

Inclusão como foco

Os projetos realizados pelo grupo da UFPR tem como objetivo a inclusão digital da sociedade brasileira. Uma ação executada que vai ao encontro desse propósito é a publicação, em forma de software livre, dos pacotes de softwares que resultam dos estudos.

Disponibilizar o conhecimento que é produzido na universidade para a população, da maneira mais direta e objetiva, e encurtar os caminhos entre ciência, tecnologia e as empresas públicas e privadas são compromissos do C3SL, afirma Marcos.

Histórico de atuação

Desde a fundação, o C3SL atendeu e criou dezenas de soluções para os Ministérios da Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, Comunicação e Justiça; da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; da Saúde – e seus respectivos órgãos e unidades. Projetos para companhias como a Itaipu Binacional e para o Governo do Estado do Paraná, para as secretarias de Ciência e Tecnologia e da Educação, além da Polícia Científica e Laboratório Lactec também foram concretizados.

Ao longo dos últimos 19 anos, o grupo estreitou laços com profissionais de diversas especialidades para o desenvolvimento dos projetos. “Nós já trabalhamos com biólogos do projeto Genoma, com educadores – para soluções relacionadas ao Paraná Digital e plataformas integradas do MEC [Ministério da Educação], com enfermeiros e médicos do SUS [Sistema Único de Saúde], para informatização hospitalar. Também com físicos, engenheiros, gestores públicos”, cita o professor.

Segundo Marcos, as soluções necessárias só foram possíveis pelo envolvimento de todos, com um objetivo em comum. “Com as trocas, todos crescem e passam a enxergar a computação como um todo, não sob um viés particular. Aos poucos, vamos detalhando dentro de cada especialidade. O código final que resolve o problema só vem após muito estudo e muitas discussões.”

O Sistema Integrado de Monitoramento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (SIMMC), desenvolvido pelo C3SL, é resultado de uma pesquisa realizada em parceria com o órgão, com o objetivo de prover mecanismos para o monitoramento on-line. 

O sistema incorpora técnicas criadas pelo grupo e otimiza sistemas de análise de dados, além de o software oferecer melhoria na eficiência do gerenciamento de projetos. São monitorados e avaliados mais de 4.500 dispositivos de computação de projetos brasileiros de inclusão digital, com o intuito de fornecer informações para que o governo possa avaliar a eficiência dos projetos, detalhe André Grégio, docente do DInf.

Na iniciativa privada, o Centro colabora com a criação de sistemas para empresas e grupos comerciais. Pastoral da Criança, América Latina Logística (ALL), Cindacta II, Rede Nacional de Pesquisa (RNP), Sistema Elétrico Nacional e Rede Paranaense de Comunicação (RPC) já foram atendidos pelo C3SL.

Projetos em andamento

O Centro de Ciências Forenses da UFPR atua de forma multidisciplinar, em conjunto com departamentos dos setores como Geologia, Informática, Química e Física da Universidade. O grupo fomentou uma nova linha de pesquisa junto ao Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGInf) da UFPR: a Forense Computacional. O objetivo, com essa abordagem de pesquisa, é atender às demandas de formação de recursos humanos especializados em ciências forenses computacionais.

O grupo participa também de projetos de pesquisa, desenvolvimento e extensão na área de perícia forense computacional. Entre as ações em andamento, um sistema para manutenção da cadeia de custódia de amostras laboratoriais, a orientação de mestrandos da Polícia Científica Estadual do Paraná e a criação de um repositório-vitrine voltado para a proteção da criança e do adolescente na web.

Segundo o professor André, o projeto, que ainda está em fase inicial, define-se como Observatório de Proteção, por meio do qual um conjunto de arquivos gera estatísticas e informações para orientar os pais e a comunidade a respeito do tema e de comportamentos estranhos que as vítimas podem apresentar quando abordadas por assediadores. Há divulgação de canais de denúncia para possíveis crimes, como o assédio e o aliciamento de menores. O site do repositório está programado para estar disponível no primeiro trimestre de 2022.

Premiações 

O C3SL recebeu, nos últimos anos, reconhecimentos pelas pesquisas e pela atuação no desenvolvimento de soluções em computação e software livre. No 3º Concurso de Boas Práticas da Controladoria Geral da União (CGU), conquistou premiação na categoria “Promoção da Transparência Ativa ou Passiva”, em 2015, pelo desenvolvimento do SIMMC. A rede social criada para a Secretaria Nacional da Juventude, conhecida como projeto Participatório, voltada para a discussão de problemas sociais da juventude, foi premiada pela Revista A Rede – Itaú Cultural em 2014. 

Com informações da Assessoria de Comunicação do C3SL

 

Por Bruna Durigan

Sob orientação de Bruna Bertoldi Gonçalves

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