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UFPR ofertará turma de Direito para assentados pela Reforma Agrária

Professor Ricardo Marcelo Fonseca, diretor do Setor de Ciências Jurídicas - Foto: Rodrigo Juste Duarte

Assentados pela Reforma Agrária, em todo o Brasil, poderão integrar a primeira turma do curso de Direito da UFPR, que será criado especificamente para esse público. A ideia é, já em 2014, selecionar, através do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os 60 candidatos que participarão deste projeto piloto da UFPR. As informações são do diretor do Setor de Ciências Jurídicas, professor Ricardo Marcelo Fonseca.

Segundo o diretor, a proposta desta turma especial, bem como o projeto político pedagógico, foi aprovado por unanimidade, semana passada, no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). No entanto, ao aprovar a proposta, os conselheiros sugeriram que nesse projeto de inclusão social fosse dada uma ênfase especial no programa de acompanhamento tutorial, que é ofertado a todos os cursos regulares da UFPR.

A confirmação de que esta primeira turma será implantada já no ano que vem, explica Ricardo Marcelo, “dependerá dos trâmites legais e da negociação que serão feitos com dirigentes do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária do Incra (Pronera), que financiará parcialmente o projeto”.

Experiência estimulante

Ricardo Marcelo, atualmente no seu segundo mandato como diretor do Setor de Ciências Jurídicas, comenta que “desafios são sempre bem-vindos e que é estimulante receber alunos com perfil diferente dos atuais”. Nos dois primeiros anos do curso, comenta o professor, esses alunos terão aulas em turma fechada e no mesmo espaço dos demais, ou seja, Prédio Histórico da UFPR. A partir do terceiro ano, ressalta o dirigente, alunos das turmas regulares e da especial poderão conviver numa mesma sala de aula, caso se matriculem nas disciplinas optativas. “Acho que será um processo rico, uma integração interessante para ambas as partes”, acredita o professor.

Segundo o diretor, desde 2011 a proposta, agora aprovada no CEPE da UFPR, é discutida por um grupo de trabalho formado por docentes, técnicos administrativos e alunos. Depois, o projeto foi submetido às instâncias internas do curso e, na sequência, encaminhado à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), que “deu parecer favorável ao projeto político pedagógico do curso, que é bastante flexível,” garante o dirigente. Ricardo Marcelo esclarece ainda que “as duzentas vagas ofertadas no curso de Direito, turnos da manhã e noite, permanecem inalteradas, já que as 60 da turma especial são novas, pois foram criadas especificamente para este público-alvo”.

Celsina Favorito