A Universidade Federal do Paraná esteve presente, por meio da representação do diretor da Agência UFPR Internacional – André Duarte -, na conferência anual da Associação Internacional de Educadores (Association of International Educators – NAFSA) que aconteceu em maio na Fildafélfia (EUA). No encontro, que reúne as principais universidades do mundo para discutir aspectos, problemas e potencialidades relativas à internacionalização do ensino superior, a principal pauta da UFPR foi o Projeto de Internacionalização proposto pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A Agência UFPR Internacional é parte integrante do Comitê Gestor do PRINT na universidade e, por isso, distintamente do que ocorreu em diversas instituições brasileiras nas quais os escritórios de relações internacionais não tiveram participação decisiva na elaboração dos projetos de internacionalização, a unidade tinha muitas informações precisas e detalhadas a respeito dos 16 subprojetos de pesquisa da UFPR.
“Isso facilitou e potencializou nosso contato com as universidades estrangeiras, pois dispúnhamos de registros detalhados a respeito de quem eram os colegas estrangeiros convidados a participar das equipes de pesquisa do PRINT-UFPR. Ou seja, foi possível mostrar que de fato já há um considerável grau de colaboração efetiva entre docentes da UFPR e de inúmeras universidades estrangeiras”, conta Duarte. Efetivamente, mais de 650 docentes estrangeiros aceitaram integrar as equipes dos 16 subprojetos gestados nos Programas de Pós-Graduação da UFPR, sob coordenação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG).
“Estes fatos mostram que há muita atividade internacional já em curso na nossa universidade, embora ela ainda permaneça, em muitos casos, informal. Agora o próximo passo é a institucionalização dessas parcerias e colaborações com a assinatura de Memorandos de Entendimento e de Acordos de Cooperação Acadêmica com as universidades cujos docentes aceitaram convites para participar do PRINT-UFPR”, explica o diretor da Agência UFPR Internacional.
Uma das exigências deste edital da CAPES para que se possa empregar os fundos recebidos é que a universidade tenha acordos de colaboração acadêmica vigentes com as universidades com as quais definirá atividades de colaboração científica como o envio de alunos para bolsas sanduíche, convites para docentes ministrarem cursos na UFPR (modalidade Sênior e Júnior), organização de colóquios e seminários, etc. “No encontro deste ano, pude conversar com representantes de mais de 70 universidades estrangeiras e todos se mostraram muito empolgados com o novo projeto de internacionalização da UFPR no contexto do edital Capes-PRINT”, afirma Duarte.
Institucionalização
A institucionalização dos acordos de cooperação acadêmica tornou-se uma exigência, pois a oficialização deixa um claro registro institucional das ações tomadas em termos de intercâmbios internacionais nas universidades. Essa é uma demanda internacional para que as atividades de pesquisa conjunta não sejam desenvolvidas sem que as respectivas instituições tenham conhecimento delas, prejudicando a coleta e organização de informações.
“Essa informalidade se dava, em grande parte, porque o processo de institucionalização de acordos era lento, sobretudo em função do tempo que os acordos levavam para serem avaliados juridicamente. Na UFPR, conseguimos resolver esse problema com a contribuição essencial da Procuradoria Federal, que nos elaborou um Parecer de Referência. Com esse documento, é possível verificar o caráter legal dos acordos de cooperação acadêmica sem que os documentos sejam enviados à Procuradoria”, destaca o diretor.
Atualmente, a universidade aprova acordos com prazos de menos de uma semana. E, de fato, o número de acordos analisados pela Agência Internacional e imediatamente remetidos ao Gabinete da Reitoria para assinatura aumentou exponencialmente.
Associação Internacional de Educadores (NAFSA)
A NAFSA existe há 70 anos e organiza encontros anuais que reúnem as principais universidades do mundo para discutir aspectos, problemas e potencialidades relativas à internacionalização do ensino superior.
A UFPR tem estado presente nesses encontros, já que são a melhor alternativa para observar quais são os principais aspectos e tendências relativos à internacionalização no mundo. Além disso, é uma forma de divulgação da instituição na comunidade universitária mundial.
“Tais encontros são também particularmente importantes para sugerirmos novos acordos de cooperação acadêmica com importantes universidades, bem como para renovar acordos cuja vigência expirou e cujos resultados têm se mostrado benéficos para ambas as partes”, finaliza Duarte.
