O servidor da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da UFPR Wagner Bitencourt defendeu dissertação de mestrado no curso de Filosofia no último dia 7, às 14h30. O tema da dissertação de Wagner foi “A extramundanidade na ontologia fundamental”, sob orientação do professor Marco Antonio Valentim. A banca foi composta pelos professores Walter Romero Menon Júnior, do Departamento de Filosofia da UFPR, e pelo professor Libanio Cardoso Neto, da Unioeste.
De acordo com Bitencourt, o tema, que teve como base o filósofo moderno Martin Heidegger, sempre foi de seu interesse, uma vez que abordava os princípios da filosofia. “Optei por este tema pois mexe com o próprio sentido da filosofia. Quando me aprofundei, encontrei limites com outras áreas, como a arte, a estética, a ética, a política e a própria deficiência”, afirma.
Wagner, que é deficiente visual, entrou na graduação de bacharelado em Filosofia em 2006, formando-se no ano de 2011. Voltou à universidade como servidor em 2012 e, logo em seguida, em 2014, entrou para o Programa de Pós-Graduação em Filosofia como mestrando.
“Durante todo o período fui assistido pelo NAPNE [Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais], assim como pelos próprios professores da graduação”, relata Wagner. “Fazia a leitura dos textos através de tecnologias assistivas e as provas, durante a graduação, foram feitas oralmente”, conta.
Inclusão e acessibilidade
Inaugurado em 2006, o NAPNE é ligado à Pró-reitoria de Graduação e Educação Profissional (Prograd) e oferece alternativas de inclusão às pessoas da comunidade acadêmica da UFPR em diferentes situações: com deficiência físico-motora, cegos ou com visão subnormal, surdos ou com resíduos auditivos, com dificuldades de aprendizado ou que enfrentam condutas típicas e síndromes. Também pessoas com altas habilidades e superdotação são acompanhadas pelo núcleo, que atende servidores, alunos e professores.
