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FEDERAL DO PARANÁ

Professora do Departamento de Nutrição orienta sobre alimentação na menopausa

Ondas de calor, ansiedade, ganho de peso e alterações na pele: sintomas comuns entre as mulheres que passam pelo período da menopausa. As mudanças hormonais geram diversas alterações no organismo feminino, que exigem redobrar os cuidados, principalmente com os hábitos alimentares.

A dieta requer um cuidado especial, já que uma das principais queixas é o ganho de peso, geralmente na região abdominal.

A professora Regina Maria Vilela, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná, aponta que a diminuição dos níveis de estrogênio – hormônio sexual feminino – está associada ao aumento de peso. “No entanto, a falta de atividade física, bem como problemas psicológicos que levam à ansiedade e ao consumo compulsivo também influenciam. A gordura da região abdominal não está relacionada somente à estética, mas também ao risco de doenças cardiovasculares e diabetes”, explica.

Os sintomas variam de mulher para mulher. Nos casos em que não há prática regular de exercícios físicos, é necessário reduzir a ingestão de calorias, sem afetar a qualidade da alimentação.

A perda de peso envolve uma alimentação saudável e equilibrada. “A dica é evitar alimentos ultraprocessados, que levam excesso de açúcar, sal e gordura. Dar preferência a alimentos como frutas e hortaliças, arroz e feijão, entre outros”, destaca Regina.

Fogachos

Os fogachos – conhecidos como calorões – são os chamados sintomas vasomotores, que podem ser intensos e reduzir a qualidade de vida da mulher neste período.
A nutricionista esclarece que há muita discussão sobre estratégias alimentares que poderiam contribuir para amenizar tais sintomas na menopausa.

“O grupo de compostos químicos alimentares que poderiam contribuir com a melhora são os fitoestrogênios, componentes de origem vegetal que se assemelham quimicamente ao hormônio estrogênio”, diz. A lista de fitoestrogênios inclui soja, extratos de soja e suplementos de fitoesteróis, principalmente a ginesteína.

Regina Vilela também afirma que muitos trabalhos foram realizados nesse sentido e, até o momento, não há comprovação da ação efetiva dos alimentos. “Quando estudos bem desenhados são avaliados, efeitos contraditórios são encontrados”, informa.

Compostos químicos e compostos vegetais

Por outro lado, a nutricionista afirma que os compostos vegetais podem auxiliar no controle dos níveis de lipídeos circulantes, como o LDL colesterol que tende a aumentar na menopausa e está relacionado ao risco cardiovascular, principalmente ligado à aterosclerose – acúmulo de gordura em vasos e artérias.

Os fitoesteróis – compostos químicos vegetais, geralmente encontrado em oleaginosas – também contribuem para a redução do colesterol. “Eles competem com o colesterol no intestino, de forma que há diminuição de absorção, podendo levar à queda dos níveis de colesterol na circulação”, afirma Regina.

As oleaginosas abrangem castanhas e nozes. “O aumento do consumo desses alimentos, associado à redução das calorias provenientes de açúcares, farinhas refinadas e gorduras, bem como o aumento de hortaliças coloridas, é uma boa estratégia para evitar o excesso de peso e colesterol, protegendo a mulher de riscos cardiovasculares e diabetes”, conclui a nutricionista.

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