A suspensão da reunião do Conselho Universitário da UFPR (Universidade Federal do Paraná) que apreciaria a nova proposta de gestão compartilhada do Hospital de Clínicas do Paraná e da Maternidade Victor Ferreira do Amaral com a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), devido ao impedimento do ingresso de integrantes do Coun no prédio da Procuradoria da República, não foi a única prova da intransigência dos manifestantes.
Ligados ao Sinditest (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba), DCE (Diretório Central dos Estudantes) e APUFPR (Associação dos Professores das Universidade Federal do Paraná), os manifestantes – um grupo de oitenta pessoas – fizeram o mesmo na Reitoria da UFPR, ontem pela manhã. Eles começaram a se concentrar por volta das 6h em frente à portaria do prédio, onde o Conselho Universitário teria a reunião, às 9h, e não deixaram ninguém entrar. Para isso, forçaram a passagem com os seguranças que estavam no local.
Exaltação
Devido ao fato de estarem exaltados e à ameaça à segurança dos conselheiros, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, decidiu adiar a reunião e realizá-la em local mais seguro.
Quando souberam que o reitor havia transferido a reunião do local, que dá acesso a sala dos conselhos superiores da UFPR, os manifestantes decidiram então se retirar da portaria da Reitoria, às 10h.
Como não conseguiram entrar na Reitoria e estavam no pátio, um grupo de conselheiros se deslocou para o edifício D. Pedro II, localizado ao lado. Lá, eles foram acolhidos pelo pró-reitor de Administração, Álvaro Pereira, que conduziu o grupo à Sala de Reuniões, no 2º andar. “Eles reclamaram que queriam fazer a reunião, mas não tiveram condições”, afirmou Pereira. O pró-reitor chamou então o secretário da Secretaria de órgãos Colegiados, Dionei José da Silva, que informou ao grupo que a reunião seria realizada em outro local, pelo fato de que isto não seria possível na Reitoria devido à intransigência dos manifestantes.
