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FEDERAL DO PARANÁ

Grupo de pesquisa do SEPT desenvolve projetos tecnológicos inovadores

Foto: Marcos Solivan

Muitos jovens ingressam em uma universidade com um intenso desejo de mudar o mundo, seja transformando-o em um lugar melhor, tornando-se alguém relevante para a sociedade ou criando soluções que auxiliem a população no cotidiano.  E são essas coisas que um grupo de pesquisa procura fazer, aliando a expertise de docentes e pesquisadores à sede de conhecimento e à criatividade de estudantes interessados.

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Tecnologia Aplicada (GEPTA) faz parte do Setor de Educação Profissional e Tecnológica (SEPT) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e é um exemplo de que o trabalho interdisciplinar pode criar soluções importantes e úteis. O grupo possui três linhas de pesquisa: Gestão da Informação e Aplicações Tecnológicas; Visão Computacional Aplicada, Robótica e Automação; e Tecnologias Aplicadas na Educação. Os integrantes dessas linhas realizam ações integradas que se complementam na execução dos projetos.

O professor Luiz Antônio Pereira Neves, líder do GEPTA, é uma dessas pessoas que querem mudar o mundo, um sonhador. Há dez anos na UFPR ele se dedica a pesquisar, investigar e criar sistemas inovadores que possam facilitar o dia a dia das pessoas. Ele atua na linha de pesquisa Visão Computacional Aplicada, Robótica e Automação e, dentro dela, desenvolve diversos projetos audaciosos.

A Smart Door, por exemplo, é uma porta com um sistema de segurança inteligente que utiliza visão computacional. A ideia de criação do objeto surgiu de uma demanda relevante vinda do próprio grupo de pesquisa. “Para cada aluno que eu oriento, preciso fazer uma cópia da chave do laboratório, o que gera muitos custos. Como estamos trabalhando com tecnologia, pensamos em construir essa ferramenta para facilitar nossas próprias atividades”, conta Neves.

Por meio da tecnologia RFIT (Radio-Frequency Integration Technology), será possível cadastrar pessoas autorizadas que poderão desbloquear a porta pelo bluetooth do aparelho celular ou pela web. O projeto deve estar pronto para utilização até o final de 2018 e a ideia é instalar o sistema nas principais portas do campus.

Outro sistema no qual os participantes trabalham é o Smart Corridor, um corredor inteligente para controle automático de fluxo de pessoas. Neves explica que o sistema vai reconhecer a biometria por meio da análise volumétrica do corpo e do comportamento corporal da pessoa que passar pelo corredor. “Em um segundo momento, ele também vai identificar se a pessoa está portando armas e o seu estado emocional. Atualmente, estamos desenvolvendo a parte de hardware do projeto”.

O Smart Corridor é uma ferramenta útil para a segurança de lugares públicos e escolas. Além disso, com a detecção de emoções, pode ser utilizado em consultórios médicos, clínicas de psicologia, empresas de recursos humanos, etc. “Essa questão de detectar emoções é um assunto novo. Outro diferencial é a tecnologia que será usada para identificar a biometria: sensores ultrassônicos”, afirma o professor.

O carro-chefe da linha de pesquisa fica por conta do projeto Pia Robot, que visa a desenvolver um robô para a interação homem-máquina aplicado à educação e à saúde. O objetivo é que o robô auxilie no cuidado de pessoas idosas, acompanhando-as em casa e monitorando seus comportamentos. No ambiente de software haverá assistentes sociais e médicos que vão monitorar o sistema ligado a grupos de idosos. Primeiramente o robô procurará aprender os hábitos do idoso e se, em algum momento, as atitudes fugirem das usuais, ele acionará um responsável.

“Por exemplo, se o idoso costuma assistir televisão diariamente das 14h às 16h e algum dia ele não realizar essa atividade ou ultrapassar esse tempo, o robô chamará a atenção de um responsável

Protótipo do Pia Robot

e também poderá se aproximar e detectar se a pessoa está dormindo ou ativa. No momento, já temos o ambiente software pronto e temos apoio de integrantes do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) para providenciarmos as peças de hardware. Assim, estamos em fase de construção do robô”, diz Neves.

Existem, ainda, outros projetos que estão parados por falta de alunos interessados em auxiliar no desenvolvimento e na pesquisa. O professor responsável destaca que são bem-vindas todas as pessoas que queiram participar. “Precisamos de gente da Engenharia Elétrica, da Ciência da Computação, do Design Gráfico e todos que queiram pesquisar conosco”.

Outro exemplo de estudo realizado pelo grupo é o conduzido pelo professor José Elmar Feger, vice-líder, que trabalha com a parte de gestão da qualidade e de avaliação de serviços. “Desenvolvemos uma metodologia, para o curso de Gestão da Qualidade, para avaliar a sua qualidade a partir das competências que são promovidas no aluno durante o período que passa na universidade. Realizamos a medição de competências na primeira semana de aula e depois podemos compará-la com a medição realizada no último ano do curso. Assim, verificamos se houve ou não evolução em termos de conhecimento, habilidade ou atitude dos alunos”, explica.

O GEPTA desenvolve pesquisa acadêmica e aplicada interdisciplinar entre os diversos cursos oferecidos pelo SEPT. Qualquer pessoa interessada em participar, mesmo que de outros setores da universidade, pode entrar em contato com os membros e voluntariar-se.

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