Uma rica mistura de línguas, sotaques e culturas tomou conta de uma sala da UFPR na tarde desta sexta-feira (19). Estudantes da Costa do Marfim, Benin, Gana, Jamaica, Haiti e Honduras, além de professores da área de linguística e estudantes de Letras, participaram do primeiro Contatos Interculturais com Intercambistas PEC-G.
Os estudantes estrangeiros participam do PEC-G, um programa do Ministério da Educação e do Itamaraty que oferece bolsas de estudo em universidades brasileiras a alunos de países em desenvolvimento. Cada intercambista teve 15 minutos para apresentar seu país e sua história para o público, na sua própria língua. Também aconteceram apresentações musicais.
“Nós não entendemos tão bem o português ainda, então é bom termos contato com pessoas que falam o mesmo idioma que nós, além de conhecer novas culturas”, disse a intercambista jamaicana Roschel Wright. Ela vai passar seis meses estudando português no Centro de Línguas e Interculturalidade da UFPR (Celin), e depois iniciará o curso de Odontologia.
O contato entre estudantes estrangeiros e alunos e professores brasileiros também enriquece a universidade, diz Angela Maria Hoffmann Walesko, do Departamento de Teoria e Prática de Ensino da UFPR (DTPEN).. “O objetivo principal do evento é integrar os alunos intercambistas que estão na universidade e principalmente que os professores de língua francesa e inglesa venham conhecer outras culturas e outras variedades da língua”, afirma
Além desse encontro, há reuniões no TANDEM, que é o programa de partilha de estudos entre estudantes brasileiros e estrangeiros para o aprimoramento do conhecimento dos idiomas. Todas as quartas-feiras ocorrem também eventos organizados pelo Celin para aumentar a integração dos alunos de fora do país.
A apresentação de músicas de cada país também é um fator de aproximação. ”O foco é destacar que independentemente da língua que cada um fala, há uma comunicação que se pode dar exclusivamente pela música. A música é um excelente ponto de partida para começar um diálogo entre diferentes culturas”, disse o professor de música e membro do DTPEN Guilherme Romanelli.