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Em disciplina de Gestão da Informação, alunos criam projetos para melhorar o 156 da Prefeitura de Curitiba

Concluída no fim de junho, uma disciplina obrigatória do bacharelado em Gestão de Informação resultou em 13 projetos para melhorar a Central de Atendimento (156) da Prefeitura de Curitiba, que recebe demandas da população por serviços públicos municipais. Ao longo do semestre, 37 alunos tiveram a tarefa de perceber pontos de melhoria e aprimoramento em diversos aspectos da central, como a divulgação dos serviços, os métodos de atendimento e a acessibilidade. Para isso, usaram conhecimentos teóricos da área e tecnologias como programação e geolocalização.

Depois de conhecerem as necessidades da Central de Atendimento, os alunos criaram propostas variadas, como aplicativos para smartphone, relatórios de consultoria, proposta de melhoria no site do serviço, um dashboard (painel visual) para visualização de estatísticas, vídeos e material para divulgação de serviços. Os protótipos foram apresentados ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) em bancas, que contaram na avaliação, e foram colocados à disposição do município. O contato com o Ippuc começou no início da disciplina, quando os alunos visitaram a Central de Atendimento, atualmente administrada por uma entidade privada, o Instituto de Cidades Inteligentes (ICI).

Na foto, a turma de Gestão da Informação com a professora Maria do Carmo Freitas (à frente, à dir.) e Lucimara Wons, do Ippuc (à esq. da docente). Fotos: Arquivo Pessoal

Responsável pela disciplina, a professora Maria do Carmo Duarte Freitas destacou a variedade dos projetos criados. “Isso representa a área de Gestão da Informação, que é interdisciplinar e funciona com vários suportes”, diz. Segundo Maria do Carmo, a intenção da disciplina é aproximar os alunos do trabalho (coworking) em uma equipe de desenvolvimento de projetos. Por conta disso, os estudantes são incentivados a recrutar profissionais com outras formações para compor a equipe, como designers ou programadores.

Experiência

“O mais legal foi colocar em prática a teoria de Gestão da Informação ao mesmo tempo em que ajudamos a comunidade”, conta Alisson Augusto de Oliveira, de 23 anos. Ele foi um dos desenvolvedores do aplicativo S.O.S. Curitiba, que informa o número de atendimento dos serviços públicos de acordo com a situação encontrada pelo usuário, como acidentes de trânsito ou desconhecimento sobre horários de ônibus.

Outro protótipo, chamado de Street Hope, foi desenvolvido com base na geolocalização. A ideia é que usuários usem o mapa de Curitiba para informar locais em que pessoas em situação de rua precisam de ajuda. A concepção do aplicativo surgiu do fato de que o atendimento desse grupo social é um dos mais requisitados pelo 156, explica o aluno Paulo Manosso, de 25 anos, um dos desenvolvedores.

Entre os protótipos apresentados pela turma estão quatro aplicativos: para acompanhamento de protocolos; o S.O.S. Curitiba; o Street Hope; e o “156 Informações”

Já Elton Ivanaga, de 22 anos, trabalhou em uma equipe que criou um projeto com base em uma plataforma finlandesa de geolocalização chamada Seppo. Eles criaram o protótipo de um jogo que pode ser usado por crianças durante visitas à sala de educação ambiental do Parque Jardim Botânico, a Sala das Araucárias, que recebe alunos da rede municipal de ensino. “O jogo é uma forma de levar conhecimento sobre os pontos turísticos de Curitiba e de divulgar a cidade”, diz Elton.

Formatação

Uma inovação da disciplina é o fato de a avaliação ter se baseado na pontuação por competências, como forma de deixar mais transparente as notas para projetos tão variados. “Como os alunos sabem desde o início o que os protótipos precisam alcançar, as notas ficam mais justas”, conta Byanca Neumann Salerno, estagiária de docência no Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação (PPGGI).

Assim como Byanca, outra mestranda do PPGGI, Rafaela Wille de Aguiar, ajudou a administrar a disciplina. “Foi interessante ver a evolução dos alunos, como foram construindo uma trajetória até chegar no produto final”, avalia Rafaela.

Responsável pelos temas abordados pela disciplina há cerca de dez anos, a professora Maria do Carmo lembra que o formato atual foi resultado da cooperação de alunos e estagiários de docência. Atualmente, a matéria também tem a meta de auxiliar entidades que prestam serviços públicos de forma gratuita à população. Assim, já foram “clientes” de turmas o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e um projeto educacional desenvolvido no Instituto Federal do Paraná (IFPR).

“Cada ano é um desafio, sempre procuro um cliente diferente”, diz Maria do Carmo. “Dessa forma os alunos atendem clientes reais e fazem trabalhos com foco em promoção de cidadania”.

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